A proposta do governador André Puccinelli (PMDB), que enviou nesta terça-feira (14) projeto de lei para a Assembleia propondo reajuste de 6% para os professores, não agradou à categoria. Nesta tarde, cerca de 200 delegados municipais da área da educação estão na sede da Fetems para votar diversos temas, dentre eles o reajuste salarial.

Segundo o presidente da Fetems (Federação dos Trabalhadores em Educação de Mato Grosso do Sul), Jaime Teixeira, existe a possibilidade de um indicativo de greve ser aprovado pela assembleia geral da entidade que representa os educadores de todo estado. Os delegados devem votar ainda hoje a proposta, e caso seja rejeitada, a categoria poderá estudar a paralisação ou uma moção de repúdio.

De acordo com Teixeira, o reajuste que passaria a valer a partir de janeiro de 2011 está aquém das expectativas da categoria. Ele afirma que os professores estão dialogando com o governo no sentido de ter uma política salarial a médio prazo. Para a categoria, o salário dos professores em Mato Grosso do Sul deveria se equiparar ao piso nacional para uma jornada de 20 horas semanais. Atualmente, segundo a Fetems, os salários são equiparados apenas na jornada de 40 horas.

O deputado estadual Pedro Kemp (PT) participou do encontro de delegados, e disse que o governo tem “jogado muito duro” com as categorias quando trata da questão salarial. Como exemplo, ele citou a briga da Defensoria Pública por uma fatia das sobras do duodécimo da Assembléia Legislativa – que serão repassadas para o Ministério Público e o Tribunal de Justiça.