O presidente da Assomasul (Associação dos Municípios de Mato Grosso do Sul), prefeito de Terenos, Beto Pereira, sinalizou hoje que pode deixar o PSDB após as eleições presidenciais. Beto Pereira que se filiou ao partido em outubro do ano passado migrando do PMDB é, atualmente, um dos prefeitos mais engajados na campanha da presidenciável Dilma Rousseff (PT), no Estado. O PSDB, como se sabe, concorre à presidência com José Serra.

“É uma situação complicada. Embora, eu esteja no PSDB, as minhas raízes são do PMDB. O partido indicou o vice da Dilma”, disse se referindo ao deputado federal Michel Temer (PMDB-SP). Questionado se continuaria no PSDB após as eleições presidenciais admitiu a possibilidade de desfiliação. “É difícil eu continuar”, respondeu.

Beto Pereira não revela se já estuda convite de outros partidos ou se pensa em procurar alguma legenda aliada a Dilma. “O futuro a Deus pertence”, se esquiva. Neste ano, ele e o pai, o senador Valter Pereira, chegaram a analisar convites para se filiar ao PSB, mas acabaram abandonando a ideia.

Valter, aliás, vive uma espécie de isolamento no PMDB desde que rompeu com o governador André Puccinelli (PMDB) em março deste ano. Ele apoiou Zeca do PT ao governo do Estado e também está engajado na campanha da petista Dilma Rosseff.

Ao Midiamax, Valter disse no fim de semana que, por enquanto, não pensa em migrar de partido. “Por enquanto estou concentrado na campanha de Dilma e no novo Código de Processo Civil”, explicou se referindo à matéria da qual é relator no Senado.

PSDB

O presidente regional do PSDB, deputado estadual, Reinaldo Azambuja, não atendeu ao telefone nesta manhã. Mas, na última vez em que falou sobre a atitude de Beto Pereira, durante entrevista na Assembleia, mencionou que só pensaria do assunto após as eleições. Azambuja que foi eleito deputado federal é coordenador geral da campanha de Serra no Estado.