Prefeito descarta que danos decorram de falhas em obras

Se não tivessem sido feitas obras de contenção de enchentes (R$ 40 milhões), estrago seria maior, diz

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Se não tivessem sido feitas obras de contenção de enchentes (R$ 40 milhões), estrago seria maior, diz

Diante do rastro de destruição urbana que chocou os campo-grandenses na noite do último sábado (27) o prefeito Nelson Trad Filho (PMDB) ficou com os olhos marejados, durante entrevista coletiva, responsabilizou o volume de chuva pelo desastre e descartou que seus antecessores tenham feito obras mal feitas ou permitido ação da construção civil sem planejamento.

Em 80 minutos foram 88 milímetros de chuva, diz. Segundo meteorologista Natálio Abrão a partir de 34 milímetros de chuva há risco de inundações.

Ainda esta semana será decretado estado de emergência. Com isso, a Prefeitura poderá buscar recursos federais e contratar empreiteiras sem licitação.

O prefeito descartou problemas com as empresas que trabalharam nas últimas obras de Campo Grande.

‘Obras de contenção de enchente’

Indagado sobre o fato de que em 2005, a cidade também enfrentou enchentes e cifras milionárias foram aplicadas nas obras de contenção de alagamentos e mesmo assim, cinco anos depois o episódio se repetiu de forma ainda maior, Trad Filho explicou.

Segundo ele, se não tivessem sido feitas as obras de contenção de enchentes na região do shopping, no Prosa e também no Parque do Sóter, onde foram construída barragens, a situação teria sido muito pior do que a registrada neste fim de semana na Capital.

“Aconteceu em função do volume pluviométrico. Firmamos um TAC (Termo de Ajustamento de Conduta) com o Ministério Público. A Lei do Uso do Solo é respeitada sem intervenção política e preservamos a mobilidade e a drenagem. A Lei vai ser revista em 2010”.

O ex-secretário municipal de Obras, Edson Girotto, atual secretário estadual de infraestrutura, foi o responsável na gestão do ex-prefeito André Puccinelli (PMDB) e também na de Trad Filho por grandes obras de pavimentação na Capital como a da Avenida Interlagos e a do complexo do Sóter. Especialistas afirmam que o excesso de pavimentação e a pouca drenagem seriam o problema.

Durante entrevista coletiva, na Esplanada da Estação Ferroviária, nesta manhã, Trad Filho preferiu não comentar o assunto, mas garantiu que todas a drenagem acompanha todas as obras.

Já Edson Girotto frisa que é preciso trocar a tubulação em alguns pontos da cidade e que a infraestrutura de Campo Grande precisa de uma reavaliação.

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