O consumidor campo-grandense irá gastar mais nas compras de produtos natalinos em 2010. A variação média da cesta foi de 9,5% em relação ao ano passado, índice superior à inflação da Capital acumulada no período.

O consumidor campo-grandense irá gastar mais nas compras de produtos natalinos em 2010. A variação média da cesta foi de 9,5% em relação ao ano passado, índice superior à inflação da Capital acumulada no período (5,93%).

O levantamento é do Núcleo de Estudos e Pesquisas Econômicas e Sociais (Nepes), da Universidade Anhanguera-Uniderp. Dos 57 itens analisados, 37 apresentaram aumento nos preços. Mesmo assim, nem todos os consumidores adotam a prática de pesquisar os preços antes de comprar.

Cláudio Xavier, 42 anos, motorista, procurava pela manhã uma cesta de produtos natalinos para presentear um parente e, mesmo reclamando que em questão de minutos, notou um aumento no preço do produto, admite não ter pesquisado. “Vou levar aqui mesmo por causa da variedade”, justificou.

Já Soneide Alves, 42 anos, secretária do lar, conta que tem comprado um chocotone por semana e acha que a diferença nos preços é de centavos. “Com a proximidade do natal, temos consumido produtos natalinos direto, mas a variação é pequena. Os preços são semelhantes em todos os locais”, analisa.

Recordistas

Na comparação de preços entre dezembro de 2010 e de 2009, alguns produtos registraram altíssimas elevações, como feijão (109,77%); laranja (84,95%) e capa de contrafilé (76,79%). Já os produtos de época, como peru, chester e vinho branco, tiveram aumentos moderados, entre 17% e 36% em média.

Os pesquisadores do Nepes verificaram quedas significativas no preço da cebola (-53,54%), filé de merluza (-37,43%), nozes (-37,92%) e tomate (-29,53%).

De acordo com o coordenador do Nepes, Celso Correia de Souza, as carnes continuam sendo as grandes vilãs, não só da cesta natalina, mas da composição da inflação. Por outro lado, os produtos importados estão com preços menores ou nos mesmos patamares do ano anterior. “Isso se deve à forte valorização do real frente ao ”, analisa Celso.