Pragas, caramujos infestam a área central
Em Campo Grande, na Rua 13 de Maio, comerciantes já não sabem o que fazer para se livrar dos ‘visitantes’ moluscos; no Bairro São Francisco, a situação se repete
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Em Campo Grande, na Rua 13 de Maio, comerciantes já não sabem o que fazer para se livrar dos ‘visitantes’ moluscos; no Bairro São Francisco, a situação se repete
Em dias úmidos e chuvosos um problema persegue ruas e quintais da cidade: os caramujos africanos.
Ao andar por uma das ruas mais movimentadas da Capital, a 13 de Maio, salta aos olhos a quantidade desses moluscos que insistem em reaparecer e incomodar os donos do comércio local.
É o caso do dono de uma gráfica, Antônio Pereira Viração, 48 anos. Ele conta que em dias de chuva, ao chegar para trabalhar tem que varrer a área de entrada da gráfica.
“Eles tomam conta da garagem. Eu varro, depois de meia hora já está cheio novamente”, conta o empresário ao relatar como tenta exterminar a praga. “Eu varro e jogo no bueiro. Foi a solução mais prática que eu achei”, conta ele ao destacar que não sabia o que fazer exatamente com os caramujos e que, ao sair com o carro escuto o barulho dos cascos sendo quebrados pelos pneus.
Maria Ramires, 49 anos, conta que já cansou de limpar o quintal, mas que os caramujos não dão sossego. “Do dia para a noite parece que eles redobram de tamanho, nunca vi, eles crescem muito rápido”, conta Maria ao explicar como extermina a praga. “Eu varro, coloco tudo em um saco plástico e coloco lá fora para o lixeiro levar”.
No São Francisco
Ivo Lopes de Moraes, 51 anos, também proprietário de uma loja na Rua 13 de Maio, afirma que não sabe o que fazer com os caramujos e nem que eles transmitem doenças. “Outro dia eu chutei um deles que estava bem na calçada. Transmitem doença? De onde eles vêm?”, questiona o proprietário.
A praga também preocupa moradores do Bairro São Francisco. Francisco Menezes, 23 anos, morador da Rua Severino Marques, conta que o problema é enfrentado por todos os moram nesta rua.
“Aqui todos os vizinhos estão com esses bichos nos quintais. Ninguém sabe o que fazer. Uma solução que encontramos foi jogar sal, isso mata o bicho, mas não elimina o problema”, relatou.
Segundo ele, as doenças são a preocupação. “Aqui ninguém encosta neles (caramujos) sem usar uma proteção nas mãos. Tem que se precaver já que ele transmite doenças graves”, finalizou.
Doença
A gosma do animal pode transmitir um verme conhecido por angiostrongilíase, parentes das lombrigas que furaram as paredes do intestino e, em alguns casos, causar óbitos em seres humanos e animais.
Além de poder ficar até dois anos hibernando no período de seca, o molusco tem a capacidade de depositar entre 100 a 200 ovos em cada postura.
Uma das formas de eliminar a praga é catar os caramujos, usando luvas ou sacos plásticos, jogá-los em recipientes e cobri-los com sal. Apesar de eliminar o bicho, o iodo não tem a capacidade de destruir os ovos, o que deve ser feito por outros produtos químicos ou até mesmo o fogo, sendo que os caramujos não devem ser jogados vivos no lixo para evitar a formação de novas colônias nos aterros sanitários.
Incômodo
O principal problema é o incômodo que esse molusco causa, pois quando anda libera muco que suja por onde passa e caso esteja infectado com vermes pode passar doenças aos seres humanos. É importante que as pessoas tenham muito cuidado ao manipular o animal, pois nas secreções podem ser encontrados vermes (Angiostrongylus sp) que podem provocar meningite e peritonite, ainda que os casos conhecidos sejam raros.
Caramujo africano – O molusco foi introduzido no Brasil no final de 1990, durante uma feira no estado do Paraná com o objetivo de ser comercializado como escargot, mas a espécie não teve aceitação no mercado brasileiro.
Quem criava abandonou os moluscos e como no Brasil não há um predador natural, a proliferação foi muito rápida. Um caramujo pode botar cerca de 200 a 500 ovos a cada dois meses. Em cinco meses os filhotes ficam adultos e começam a se reproduzir. Por isso, o caramujo africano tornou-se praga em quase todo o território nacional e é encontrado em 25 estados brasileiros.
O que fazer quando encontrar um caramujo africano?
– Informe-se nos órgãos de Saúde do Município: no Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) através dos telefones 3314-5000 ou 5001.
– Recolha os caramujos manualmente, sempre com luvas descartáveis ou sacos plásticos nas mãos, para evitar a transmissão de doenças.
– Para matá-los, use água fervente.
– Deve-se esmagá-los e enterrá-los em covas de um metro e meio de profundidade, com cal virgem, para evitar a contaminação do solo.
– Não jogue substâncias tóxicas nos caramujos, nem use fogo para matá-los.
(Com Ítalo Zikemura/ clicnews.com.br/saude)
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