O Plano de Revitalização do Centro de Campo Grande, o projeto de lei complementar da prefeitura da cidade, deve ser aprovado hoje, na última sessão da Câmara Municipal neste semestre.

O plano, criado com a intenção de valorizar o patrimônio histórico, ambiental e paisagístico da cidade, é polêmico e, por meio de manifestações dos empresários do comércio, deve ter 11 de seus 54 artigos modificados, segundo previsão dos vereadores.

A ideia é debatida desde o ano que vem, mas, ainda assim, a maneira como quer a prefeitura revitalizar o centro da cidade não tem agradado os dirigentes do setor.

Os empresários protestam, entre outras coisas, num ponto: a que obriga os comerciantes a reformarem as fachadas de suas empresas. Pela proposta da prefeitura, é o empresário quem bancaria a reforma com o próprio recurso e, depois, o município entraria com a contrapartida, no caso, investindo em obras da revitalização.

Para o presidente da CDL (Câmara dos Dirigentes Lojistas), Ricardo Kuminari, o setor concorda em bancar as reformas das fachadas, desde que, simultaneamente a prefeitura também aplique recurso no projeto.

Grande parte dos 21 vereadores deve apoiar o manifesto dos comerciantes. Outra discórdia tem a ver com a comunicação visual na parte central da cidade. A prefeitura prometeu enviar hoje à Câmara um texto do projeto já com as modificações, ainda desconhecidas dos parlamentares.

Pela ideia original, estaria proibida a distribuição de jornais semanários na região central da cidade, medida já protesta pelos empresários da comunicação. Outra questão teria a ver com o tombamento de 128 imóveis construídos na região central.

Para o vereador Paulo Pedra, do PDT, o projeto da prefeitura seria um “festival de maldades”. Para o parlamentar o tombamento de prédios poderia deixar o centro comercial da cidade um “deserto”.