Placas de rua jogadas em terreno baldio de Campo Grande deixam moradores curiosos

Em meio a restos de construção e galhos secos de árvores, dezenas de placas de ruas da cidade foram descartadas em um terreno baldio no bairro Recanto dos Pássaros.

Era para ser mais um local irregular de depósito de lixo em Campo Grande. Mas a rua Mutum, no bairro Recanto dos Pássaros, bem que poderia se chamar “Rua do Desperdício de Dinheiro Público”. Em meio a restos de construção e galhos secos de árvores, dezenas de placas de ruas da cidade foram descartadas em um terreno baldio que fica nos fundos da garagem da Viação Campo Grande.

Entre os moradores, ninguém sabe como o material foi parar lá, nem quem fez o descarte. Mas é possível encontrar placas em bom estado de conservação e de vários tipos (PVC, fibra, ferro). Ao serem comparados alguns endereços com o índice de ruas da Lista Telefônica Publicar, percebem-se diferenças nas informações.

A rua Apiacás, por exemplo, que na placa é situada no Jardim Vitrine, aparece no guia como sendo no Jardim Autonomista. Mesma situação da rua José Matte: na placa, bairro São Caetano. Na lista, Vila Neuza. Entretanto, em ambos os casos o CEP coincide.

A Prefeitura de Campo Grande é responsável pela identificação das ruas. Consultando a página oficial do município, a informação mais recente disponível sobre o assunto é de que, em abril de 2008, cerca de 5 mil placas foram instaladas em 181 regiões da cidade.

À época o chefe do Departamento de Cartografia da Secretaria de Controle Urbanístico, Valdecy Pereira Siqueira, enfatizou que a ação de vândalos provocava a necessidade de substituição das placas. “Por causa disto, a instalação é feita nos postes, onde a ação é menor e a visibilidade também é boa”, relatou.

Apesar disso, não é possível afirmar se o despejo de placas na rua Mutum tenha sido um ato de vandalismo. Estima-se que cada unidade custe entre R$ 40 e 200, dependendo do material do qual é feita.