O diretor-geral da Polícia Federal (PF), Luiz Fernando Corrêa, determinou nesta segunda-feira (13) que a Corregedoria Geral da PF (Coger) comece a fazer uma análise das denúncias de suposto tráfico de influência que envolvem a ministra chefe da Casa Civil, Erenice Guerra.

A edição deste fim de semana da revista “Veja” afirma que o empresário Fábio Baracat participou de reuniões com Erenice, intermediadas pelo filho da ministra, Israel Guerra, dono da consultoria Capital. A finalidade, segundo a publicação, era fechar um contrato de prestação de serviços entre a empresa e os Correios.

A análise das denúncias, segundo a assessoria da PF, tem a intenção de verificar se é da competência da polícia investigar o caso. Se houver indícios da participação da ministra da Casa Civil nas irregularidades, a invetigação passaria a ser acompanhada pelo Ministério Público Federal e pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

Nesta segunda-feira, a ministra-chefe da Casa Civil, Erenice Guerra, solicitou à Comissão de Ética Pública da Presidência da República a instauração de procedimento para apurar a sua conduta em relação às notícias publicadas pela revista “Veja”.

Em ofício encaminhado à comissão, a ministra reafirmou a disposição de abrir os seus sigilos bancário, telefônico e fiscal, se necessário, bem como os de seu filho Israel Guerra. Ela anunciou ainda que pretende processar a revista. O advogado da publicação informou que só vai se pronunciar sobre o caso quando a ação for ajuizada.