PF prende assessor parlamentar por tráfico. Droga “voava” em asa de avião flagrado em MS
Avião apreendido pela PF em Mato Grosso do Sul era usado para transportar cocaína na fuselagem e Operação Deserto cumpriu um mandado de prisão em Dourados nesta quarta-feira (17). Há prisões em seis estados.
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Avião apreendido pela PF em Mato Grosso do Sul era usado para transportar cocaína na fuselagem e Operação Deserto cumpriu um mandado de prisão em Dourados nesta quarta-feira (17). Há prisões em seis estados.
A quadrilha que está sendo desmontada pela Polícia Federal com uma ofensiva da Operação Deserto, lançada nesta quarta-feira (17), utilizava as asas de pequenos aviões para transportar cocaína. Uma das aeronaves foi apreendida em Mato Grosso do Sul no mês de setembro, e a outra hoje em Penápolis, interior de São Paulo.
Cocaína nas Asas
Segundo a Polícia Federal, cada viagem com os aviões “recheados” conseguia levar até 250 quilos de cocaína para o interior de São Paulo. Com a operação Deserto, os agentes pretendem capturar 50 pessoas. Desde que começaram a investigar a quadrilha, 22 pessoas já haviam sido detidas.
Agora, somente nesta quarta já foram cumpridos mais 38 mandados nos estados de São Paulo, Mato Grosso do Sul, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Paraná e Rio Grande do Sul.
Uma das prisões, segundo a PF, aconteceu em Dourados, segunda maior cidade de Mato Grosso do Sul. O estado, segundo as investigações preliminares, era palco de atuação da quarta célula do total de quatro que integram o esquema de narcotráfico.
Quarta célula em MS
MS seria utilizado pela quadrilha com a logística para armazenamento e transporte da cocaína boliviana. As apreensões de drogas partindo de Mato Grosso do Sul para a chamada “rota caipira do tráfico”, que utiliza o oeste do interior paulista para distribuir drogas trazidas da Bolívia e do Paraguai têm sido intensificadas nos últimos três anos e chamam a atenção das autoridades.
Um dos acusados que foram presos hoje, Massao Ribeiro Matuda, é advogado e assessor parlamentar da Câmara Municipal de Pereira Barreto, município a 621 km de São Paulo. Ele é apontado pela Polícia Federal como um dos responsáveis pela negociação de aquisição da cocaína na Bolívia, para onde viaja com frequência.
Um ano e meio
Outro dos presos na ofensiva de hoje da Operação Deserto é dono de uma garagem de automóveis no bairro de São Miguel Paulista, na Zona Leste de São Paulo. Será investigada a possibilidade de que a empresa fosse utilizada para lavar dinheiro do narcotráfico e para facilitar o fornecimento de veículos que eram utilizados para o transporte terrestre da cocaína.
No período de investigação anterior à Operação Deserto, de aproximadamente um ano e meio, a PF apreendeu 2,5 toneladas de coca, armas de grosso calibre, vários automóveis e cerca de R$ 500 mil.
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