Segundo os pesquisadores, o resultado pode auxiliar pais e a identificar tais dificuldades e ajudar no processo de aprendizado, apontando apenas um fator de risco e não uma norma.

Estudos anteriores já haviam encontrado relação entre a habilidade de fazer tarefas com as duas mãos com a dislexia. No entanto, este, conduzido por cientistas do Imperial College London e publicado no American Journal Pediatrics, destaca que há diferenças entre a ambidestria verdadeira, quando é possível executar tarefas com a mesma habilidade com ambas as mãos, e a chamada de mixed-handed, quando a pessoa escolhe realizar algumas tarefas com a mão direita e outras com a mão esquerda, e que afeta entre 1% a 5% da população.

Os resultados foram associados a essa ambidestria parcial e às dificuldades monitoradas desde os sete ou oito anos. Os pesquisadores acompanharam as crianças até a adolescência, por meio de questionários respondidos por seus pais e professores sobre habilidades e desempenho escolar.

Além de apresentarem dificuldades em ler, escrever, realizar operações matemáticas e ter notas menores, na adolescência o grupo estudado também mostrou sofrer duas vezes mais de Distúrbio de Défict de Atenção (DDA) do que destros e ambidestros.