A expectativa das autoridades brasileiras e peruanas é de que hoje (29) sejam resgatados os cerca de 800 turistas que ainda estão isolados na região de Cuzco – próxima ao sítio arqueológico de Machu Picchu (). Essas pessoas pertencem ao último grupo ilhado na área. Ontem (28), 1.402 turistas foram retirados do local em 93 voos de helicópteros sob orientação do Ministério do Exterior e Turismo do país vizinho. O dia nesta sexta-feira amanheceu sem chuva, o que deve facilitar as operações, segundo observadores brasileiros.

No total, as autoridades calculam que havia 2.545 turistas na região de Cuzco, dos quais cerca de 270 brasileiros. Desde o fim de semana quando uma forte chuva caiu na área provocando enchentes e alagamentos, as pessoas ficaram isoladas. Não há ainda uma estimativa precisa sobre o número de mortos e desaparecidos. Mas os primeiros dados indicam que há, pelo menos, dez pessoas mortas.

Como apoio às vítimas, o Brasil vai colaborar com ajuda humanitária para o Peru. De acordo com o Ministério de Relações Exteriores, uma carga com 14 toneladas de alimentos do Armazém Humanitário Brasileiro será enviada à cidade de Cuzco – em um voo da Força Aérea Brasileira (FAB). Cálculos preliminares indicam que há aproximadamente 11.770 pessoas atingidas e 6.481 estariam desabrigadas.

Em decorrência da forte chuva que caiu na região, foram destruídas estradas, ruas e a única linha férrea que ligava Cuzco a Machu Picchu. As áreas atingidas estão localizadas no Sul do Peru e que causaram o transbordamento dos rios Vilcanota e Blanco. Houve destruição de plantações de milho e há suspeitas de que ruínas de diversos sítios arqueológicos sofreram danos – embora as perdas ainda estejam sendo avaliadas.

O governo peruano vai liberar como ajuda emergencial US$ 5,8 milhões para ajudar às vítimas e também para reconstrução de casas e apoio à . A situação considerada mais grave é na área de Cuzco e nas cidades de Anta, La Convención e Calca.