Paraguai quer extraditar “suposto seqüestrador” que pode estar em MS

São três militantes de esquerda, refugiados políticos. um deles é o jornalista Anuncio Marti Mendez (foto)

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São três militantes de esquerda, refugiados políticos. um deles é o jornalista Anuncio Marti Mendez (foto)

O Governo do Paraguai quer que o Brasil extradite três militantes de esquerda que estão morando em território brasileiro na condição de refugiados políticos. Um deles é o poeta e jornalista Anuncio Marti Mendez que pode estar residindo numa das 78 cidades de Mato Grosso do Sul.

Além de Anuncio Marti, o Paraguai quer que as autoridades brasileiras autorizem a expatriação de Juan Arrom e Victor Colman, ex-dirigentes do PPL (Partido Pátria Livre). Os três são considerados pelo governo de Fernando Lugo como “terroristas” e “seqüestradores” e seus nomes constam no site da Interpol como “procurados”.

Os três paraguaios foram processados em 2002 pelo suposto seqüestro de Maria Edith Bordon que foi libertada em fevereiro daquele ano após 64 dias em cativeiro. Edith que era esposa de um grande empresário paraguaio foi libertada depois de pagar o resgate.

Depois deste na o Arrom, Marti e Colman vieram para o Brasil onde passaram a viver na condição de refugiados políticos. Em 2006 a Chancelaria Paraguai tentou extraditar os três sem sucesso por causa da condição de refugiados.

Na semana passada Arrom, Marti e Colmam passaram a figurar numa lista feita pelo governo paraguaio como supostos membros do autodenominado EPP (Exército do Povo Paraguaio), um grupo criado a partir do Partido Pátria Minha ao qual o governo de Lugo atribui vários seqüestros e homicídios.

O governo paraguaio está oferecendo uma recompensa de até 500 milhões de guaranis o equivalente a US$ 107 mil para quem ajudar na captura dos “membros do EPP”.

Na edição de hoje do jornal ABC, em Assunção, foi publicado que uma comissão especial criada pelo Ministério das Relações Exteriores do Paraguai deverá apresentar no dia cinco de fevereiro ao chanceler Hector Lacognata o pedido de modificação do “status” de refugiados políticos concedidos pelo governo Brasileiro através do CONARE (Conselho Nacional de Refugiados) aos militantes de esquerda Juan Arrom e Anuncio Marti.**

(Matéria editada para correção)

 

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