Para prefeito, queda de Erenice não afetará projetos da Capital

O prefeito de Campo Grande Nelsinho Trad (PMDB) disse hoje que não acredita que as mudanças no comando da Casa Civil, provocadas por denúncias, prejudiquem o andamento de projetos de infra-estrutura da Capital que dependem de dinheiro federal. Ontem, Erenice Guerra, então ministra-chefe da Casa Civil pediu demissão “em caráter irrevogável”. Ela foi atingida por […]

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O prefeito de Campo Grande Nelsinho Trad (PMDB) disse hoje que não acredita que as mudanças no comando da Casa Civil, provocadas por denúncias, prejudiquem o andamento de projetos de infra-estrutura da Capital que dependem de dinheiro federal. Ontem, Erenice Guerra, então ministra-chefe da Casa Civil pediu demissão “em caráter irrevogável”. Ela foi atingida por acusações da existência de lobby na pasta.

“Não haverá prejuízos. Mesmo porque a questão está sendo tratada de forma transparente. A pessoa envolvida está sendo substituída pelo secretário Executivo [Carlos Lima]. Depois, Lula, com certeza, vai escolher [para a Casa Civil] alguém afeito ao trabalho”, disse ao chegar para reunião com seu secretariado na Seintrha (Secretaria de Infra-Estrutura). A equipe do prefeito elabora projetos para o PAC Social. A Casa Civil é um dos ministérios estratégicos para a execução do PAC.

Lobby

A demissão de Erenice ocorreu depois da publicação de reportagem da mídia nacional que mostra que uma empresa de Campinas confirma que um lobby opera dentro da Casa Civil e acusa o filho de Erenice, Saulo, de cobrar para obter liberação de empréstimo no BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social).

Interessada em instalar uma central de energia solar no Nordeste, a EDRB do Brasil Ltda. diz que o projeto estava parado desde 2002 até que, no ano passado, seus donos foram orientados por um servidor da Casa Civil a procurar a Capital Consultoria, empresa de Saulo. Tal denúncia se soma a outras que envolvem um dos filhos de Erenice, Israel Guerra, em suspeitas de lobby no governo federal em troca de propinas. Erenice sucedeu a candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, de quem era o braço direito na pasta.

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