Para Lula, estatais salvaram Brasil da crise econômica

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva aproveitou o discurso que fez na sede do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC na tarde deste sábado para criticar privatização das estatais, que, segundo ele, foi defendida pelos tucanos no lançamento da pré-candidatura do ex-governador José Serra (PSDB) hoje em Brasília. “Sabe qual foi o momento mais auspicioso […]

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva aproveitou o discurso que fez na sede do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC na tarde deste sábado para criticar privatização das estatais, que, segundo ele, foi defendida pelos tucanos no lançamento da pré-candidatura do ex-governador José Serra (PSDB) hoje em Brasília.

“Sabe qual foi o momento mais auspicioso do evento deles? Foi quando o ex-governador de Minas [Aécio Neves] disse que era preciso reforçar as privatizações. Foi o momento de maior aplauso deles”, disse.

O presidente voltou a justificar a importância das estatais para o Brasil durante a crise. “Se não fosse o Banco do Brasil, a Caixa Econômica Federal, o BNDES, nós teríamos sucumbido à crise econômica do ano passado”.

Lula lembrou de Serra ao afirmar que em março passado foi procurado por ele, quando era então governador, para que ajudasse pessoalmente com os professores grevistas. O presidente diz ter sugerido a Serra que convessasse diretamente com o sindicato e não mandasse o secretário da Educação, Paulo Renato.

Ao longo de todo o discurso, Lula procurou fazer brincadeiras e descontrair o ambiente. Logo no início, garantiu que não faria um discurso longo pois já passava das 14h e que todos queriam ir para casa almoçar com suas famílias.

O presidente disse que tentaria apenas convencer aqueles que ainda não estavam convencidos a votar em Dilma Roussef para presidente da República. “Levanta a mão quem já está convencido”, pediu o presidente. Como toda a plateia levantou a mão, Lula completou: “Ainda assim vou dar uma reforçada”.

Já próximo do final de sua fala, Lula também minimizou os possíveis erros de português cometidos por ele. “Linguagem é comunicação. O doutor fala certo, o baianinho aqui fala do jeito que o povo pode entender”, para aplausos do público.

O ato, organizado por seis centrais no sindicato presidido por Lula no início de sua carreira política, foi pensado como contraponto ao evento de lançamento da pré-candidatura tucana.

No discurso, o presidente também ironizou o lema “o Brasil pode mais” lançado pelo pré-candidato tucano. Lula disse para a plateia de sindicalistas que o lema tucano seria uma cópia da campanha de 2008 do presidente americano Barack Obama, que usou “Yes we can” (“Sim, nós podemos”). E completou dizendo que quem faz mais é o seu governo. “Nós sabemos mais, porque não basta copiar o Obama e dizer que podemos fazer mais. Ele me disse que eu sou o cara e eu respondi: ‘Vocês [os trabalhadores brasileiros] são os caras’”.

Sobre o tom da campanha política para as eleições deste ano, Lula afirmou que “os adversários vão dizer que a Dilma é terrorista. Mas não existe no país alguém com a capacidade gerencial da companheira Dilma”.

Buscando polarizar a disputa presidencial, Dilma desafiou “aqueles que estão na oposição a dizer quem eles são”. E ao mesmo tempo defendeu os programas sociais do governo Lula. “O governo é como uma mãe quando tem um filho mais fraco. Ela vai lá e ajuda o filho mais fraco”, afirmou.

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