Para ABI, condenação por morte de jornalista ajuda a imprensa

O presidente da Associação Brasileira de Imprensa (ABI), Maurício Azêdo, afirmou ontem que a condenação dos quatro PMs acusados de matar, em 2007, o jornalista Luiz Carlos Barbon Filho, de 37 anos, pode ajudar a acabar com a impunidade das ameaças feitas contra a liberdade de imprensa no interior do País. Barbon era repórter do […]

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O presidente da Associação Brasileira de Imprensa (ABI), Maurício Azêdo, afirmou ontem que a condenação dos quatro PMs acusados de matar, em 2007, o jornalista Luiz Carlos Barbon Filho, de 37 anos, pode ajudar a acabar com a impunidade das ameaças feitas contra a liberdade de imprensa no interior do País.

Barbon era repórter do Jornal do Porto, de Porto Ferreira, cidade de 30 mil habitantes a 224 km da capital. Em 2003, ele revelou um esquema de aliciamento de garotas menores de idade mantido por vereadores, comerciantes e policiais militares da cidade. Barbon foi assassinado cinco anos depois, três dias antes de publicar uma nova série de reportagens sobre o envolvimento de PMs com o roubo de cargas na região de Ribeirão Preto. O julgamento dos réus terminou na madrugada de sábado.

“Exercer a profissão em cidades interioranas ainda é um exercício de coragem para muitos repórteres. Uma condenação que coíbe esse tipo de crime ajuda na evolução da profissão em locais onde os interesses econômicos muitas vezes ainda ditam as regras dos jornais”, disse Azêdo.

Outras entidades, como a Repórteres Sem Fronteiras e a Unesco, manifestaram satisfação pela condenação. Segundo o promotor Andre Bogado Cunha, falta ainda o julgamento do soldado da Força Tática Valnei Bertoni, acusado de ter atirado contra Barbon.

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