Recém-nascida foi localizada pela Polícia Militar após quatro horas do sumiço; a bebê foi encontrada nos braços da Regina Célia Gomes, 40 anos, no conjunto Moreninhas

“Agora o sufoco já passou o próximo passo é processar a direção do Hospital Universitário”, disse o pedreiro Marcos Roberto Canale, de 25 anos, pai da menininha Keli que nasceu no domingo( 5), no Hospital Universitário e havia sido raptada ontem na hora do almoço.

A recém-nascida foi localizada pela Polícia Militar após quatro horas do sumiço. A bebê foi encontrada nos braços da Regina Célia Gomes, 40 anos, no conjunto Moreninhas.

A mulher  foi presa em flagrante e está detida no 6° Distrito Policial e será encaminhada para o Presídio Feminino de Campo Grande.

A mãe da Keli, Laudineia Alves, vai receber alta da enfermaria às 16 horas. O casal tem dois filhos uma menina de 5 anos e um menino de 3 anos e moram no bairro Jardim Pacaembu.

“O clima é de festa na chegada da criança. Pretendo fazer um jantar em família, para comemorar. Somos evangélicos e agradecemos a Policia e a imprensa por ter nos ajudado. Porque o Hospital não fez nada. Foi negligente. Ficamos loucos e a direção não falava nada não dava nenhuma satisfação. Como é que uma pessoa entra no hospital e pega uma criança sem ninguém ver. A mulher que roubou a minha filha, está nas mãos da justiça”, comenta o pai.

Regina Célia Gomes confessou ter pegado o bebê da enfermaria do hospital, enquanto a mãe, a dona de casa Laudinéia Alves, 25, cochilava ao lado da filha. Ela disse aos policiais que havia mentido ao marido que estava grávida e pegar a criança no HU foi um meio de sustentar sua versão.

O caso

A dona de casa Laudinéia Alves, 25, deu entrada no hospital no sábado à noite e teve o bebê por meio de cirurgia cesariana no domingo por volta das 9 horas. Desde então, parentes da mãe ficaram no hospital acompanhando-a.

Hoje, o pai da criança, Roberto Canavel deixou a enfermaria do hospital por volta das 9h. Apenas Laudineia e a filha ficaram no local. A dona de casa disse ter amamentado a criança, almoçado e cochilado por alguns minutos. Ao acordar viu que a criança já não estava no berço. Ela saiu à procura da enfermeira, que também não soube do paradeiro da recém-nascida.

A mãe, ainda com dificuldades de se locomover, ligou para os parentes, que foram logo para o hospital. O pai da menina, que recebeu o nome de Kely, percorreu por todas as seções do Hospital Universitário, inclusive fora dele, onde fica uma mata ao arredor, mas não achou nenhuma pista.

O taxista José Aparecido de Moura foi quem deu a pista aos militares. Ele disse ter levado na hora do almoço uma mulher que carregava uma criança no colo até o posto de saúde Universitário, perto do hospital. Essa mulher, segundo o taxista, queria ir até o bairro Rouxinóis, mas seu dinheiro, R$ 13,00, não pagava a corrida, daí ela ficou no posto. Ao descer do carro, ela teria chamado por um colega que se chamaria Renata.