Pai de Alexandre Nardoni diz que filho confia na absolvição

O advogado Antonio Nardoni, pai de Alexandre Nardoni, disse na tarde desta segunda-feira que o filho está confiante na sentença favorável da Justiça e na sua absolvição. Segundo o advogado, Alexandre Nardoni disse “Estou bem de coração e de consciência”, durante uma conversa que os dois tiveram no domingo (21) na última visita da família […]

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O advogado Antonio Nardoni, pai de Alexandre Nardoni, disse na tarde desta segunda-feira que o filho está confiante na sentença favorável da Justiça e na sua absolvição.

Segundo o advogado, Alexandre Nardoni disse “Estou bem de coração e de consciência”, durante uma conversa que os dois tiveram no domingo (21) na última visita da família antes do julgamento, na Penitenciária 2 de Tremembé (SP), no Vale do Paraíba.

De acordo com Antonio Nardoni, o julgamento será o momento ideal para ver que os acontecimentos não são como parecem. Ele disse que caso o filho seja condenado será cometida a terceira grande injustiça da história do país.

Para ele, a primeira grande injustiça foi no caso da Escola Base e a segunda foi quando uma mãe foi acusada de colocar cocaína na mamadeira da própria filha. A declaração foi dada na entrada do plenário do júri.

O julgamento do casal Nardoni começou às 14h17 desta segunda-feira, com atraso de cerca de uma hora.

Isabella morreu em 2008, ao cair do sexto andar do prédio onde moravam o pai e a madrasta –ambos negam o crime. O julgamento é realizado no fórum de Santana, zona norte de São Paulo.

Os acusados chegaram ao fórum por volta das 8h30 e ficaram em celas separadas. Cerca de duas horas depois chegou ao local o pedreiro Gabriel Santos Neto, testemunha convocada pela defesa do casal e que não havia sido localizada até o fim de semana.

Júri

Ao todo, 23 testemunhas serão ouvidas. São três testemunhas de acusação, 17 convocadas pela defesa e outras três comuns à defesa e à acusação –uma delegada, uma perita e um médico-legista.

O Tribunal de Justiça destacou 69 funcionários somente para este júri popular. As famílias do casal e de Ana Carolina de Oliveira, mãe de Isabella, devem acompanhar o julgamento na plateia do fórum, que tem 77 cadeiras.

Dois lados

O promotor de Justiça Francisco Cembranelli, do Ministério Público de São Paulo, será o responsável pela acusação. Na ocasião da denúncia, em 2008, Cembranelli apontou como provas contra o casal laudos periciais e versões de testemunhas –durante as investigações, mais de 60 pessoas foram ouvidas.

No ano passado, o promotor disse à Folha Online não ter dúvidas da condenação do casal. “Acredito que sim [devem ser condenados], por unanimidade até. É a ideia que eu tenho de que esse acervo probatório vai ser muito bem compreendido pelo júri, possibilitando aí sim uma condenação”, afirmou.

Já a defesa será comandada pelo advogado Roberto Podval, que assumiu o caso em abril do ano passado. A defesa alega, entre outros argumentos, que não há provas para incriminar o casal; que eles viviam em harmonia; e que o edifício London, onde Isabella morreu, era vulnerável à entrada de estranhos na ocasião. No ano passado, Podval chegou a levantar também a tese de que Isabella pode ter morrido em um acidente doméstico.

Isabella morreu em 29 de março de 2008, quando foi jogada do sexto andar do prédio onde moravam seu pai e sua madrasta. O casal está preso desde maio daquele ano.

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