A carteira de financiamentos do BNDES (Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social) para a primeira fase do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) soma atualmente R$ 117,5 bilhões –o que resultou em investimentos totais, com as contrapartidas aos desembolsos por parte das empresas financiadas, de R$ 208 bilhões.

Os financiamentos se destinam aos setores de energia (elétrica, petróleo e gás e combustíveis renováveis), logística (rodovias, ferrovias e marinha mercante), social e urbana (saneamento, urbanização e metrôs) e administração pública (sistema de escrituração digital).

Segundo o BNDES, existem na carteira de financiamento 318 projetos, dos quais 84% já aprovados ou contratados e os demais estão em fase de análise ou de consulta.

Com os financiamentos, o banco “consolidou posição como importante agente financeiro de projetos de investimento no âmbito do Programa de Aceleração de Crescimento”. Foram desembolsados, do total financiado, R$ 67,9 bilhões até fevereiro, sendo R$ 57,5 bilhões para energia, R$ 6,4 bilhões para logística e R$ 3,9 bilhões para a área social e urbana.

A maior parte das operações do BNDES no PAC refere-se a projetos no setor de energia, com financiamentos de R$ 87,2 bilhões, equivalentes a investimentos de R$ 159 bilhões.

“Desse total, R$ 37,3 bilhões são financiamentos em geração [R$ 61 bilhões em investimentos totais] e R$ 10 bilhões em transmissão [R$ 18,5 bilhões em investimentos totais]. Já o segmento de petróleo e gás conta com financiamentos do BNDES de R$ 39,6 bilhões, com investimentos totais no valor de R$ 78,3 bilhões”, informou o BNDES.

Outros R$ 22 bilhões foram financiamentos destinados à área de logística, que propiciaram investimentos de R$ 34 bilhões em rodovias, ferrovias e marinha mercante. Também foi dado apoio a projetos de saneamento, com financiamentos de 5,5 bilhões e investimentos de R$ 10 bilhões.

O presidente do BNDES, Luciano Coutinho, adiantou que o banco deverá ter “presença expressiva” no PAC 2, anunciado nesta segunda-feira, pelo governo. O apoio se dará, principalmente, a investimentos do setor privado nos segmentos de mobilidade urbana, saneamento, drenagem, energia, transportes e à área social.

PAC 2

O governo federal lançou nesta segunda-feira o PAC 2 (Programa de Aceleração do Crescimento), com investimentos divididos entre 2011 e 2014 e pós-2014, somando R$ 1,59 trilhão em obras –embora o governo tenha concluído pouco mais de 40% das obras previstas no PAC 1.

Os projetos de infraestrutura do PAC 2 serão divididos em seis eixos, segundo o governo, que usa o programa como carro-chefe e usará como plataforma na campanha da ministra Dilma Rousseff à presidência.

A previsão é que R$ 958,9 bilhões sejam usados até 2014. O slogan será “O Brasil vai continuar crescendo” e as áreas de investimento serão: Energia, Água e Luz Para Todos, Comunidade Cidadã (aumento da cobertura de serviços nas cidades), Minha Casa, Minha Vida, Transportes e Cidade Melhor (voltadas para as cidades).

A maior parte dos investimentos será destinado para os projetos de energia com um montante total de R$ 1,092 trilhão. Habitação receberá a segunda maior cifra, com R$ 278,2 bilhões para o programa Minha Casa, Minha Vida.