Organização vai fazer busca ativa de doadores de órgãos no MS

Mato Grosso do Sul terá mais um reforço para elevar o número de cirurgias de transplante de órgãos. Com a criação da Organização de Procura de Órgãos (OPO) uma equipe do Hospital Regional vai mapear a ocorrência de possíveis doadores em todos os hospitais do Estado para facilitar a manutenção e incremento do banco de […]

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Mato Grosso do Sul terá mais um reforço para elevar o número de cirurgias de transplante de órgãos. Com a criação da Organização de Procura de Órgãos (OPO) uma equipe do Hospital Regional vai mapear a ocorrência de possíveis doadores em todos os hospitais do Estado para facilitar a manutenção e incremento do banco de doadores. “Ainda estamos na fase de implantação, mas já estamos fazendo atividades pontuais para que a OPO esteja em total operação até o final deste ano”, explica Magali Sanches Machado (foto), coordenadora da organização.

“A OPO é uma organização supra-hospitalar que vai fazer uma busca ativa de doadores em todos os hospitais da Capital e do interior. Esta busca será feita através de visitas presenciais nos hospitais de Campo Grande e por contato telefônico nos hospitais dos outros municípios”, esclarece a coordenadora da Central Estadual de Transplantes, Claire Miozzo. “Para nós a OPO é uma grande conquista que vai dar suporte para que diminua a fila para transplantes em Mato Grosso do Sul”, observa Claire. A organização foi criada por intermédio de uma portaria do Ministério da Saúde e implantada também no Estado através da Secretaria de Saúde (SES).

Atualmente a fila para transplantes em Mato Grosso do Sul é de 385 pessoas à espera de um rim, 33 para transplantes de córnea, 16 na fila do coração e outras cinco em busca de transplante de ossos.

“O maior objetivo da OPO é fomentar a doação de órgãos e, consequentemente, a realização de transplantes. Em todos os lugares em que for possível nós faremos visitas diárias para a verificação de um doador em potencial”, diz a coordenadora da organização, Magali Machado. Ela explica que os possíveis doadores devem ter diagnosticada a morte encefálica para possibilitar a doação. “Mas o que ocorre é que há também muita burocracia neste tipo de ocorrência. O protocolo que atesta a morte encefálica é muito grande e sai após cerca de oito a nove horas do óbito”, lamenta Magali.

Conforme a coordenadora, a organização quer atuar em todo o processo da doação: “desde a sensibilização até que se tenha o aceite da família”. Ela explica ainda que caso o tipo de órgão ofertado pelo doador não tenha a cirurgia de transplante em Mato Grosso do Sul ele poderá ser ofertado para outro Estado. “E assim nós poderemos aumentar o número de transplantes e retomar aqueles que já não são feitos por causa de falta de doadores, como é o caso do transplante de coração. Esta é como uma função indireta da organização”, avalia.

A sensibilização e a conversa prévia com a família é o ponto mais importante a ser considerado pelo doador, segundo afirma Magali. “Não adianta eu apenas dizer que sou doador. É preciso debater isso com a família, porque não sou eu que vou doar; quem doa é a família. Por isso, se é da vontade da pessoa fazer esta doação, é muito importante falar com os familiares para que quando ocorrer a morte a ideia já esteja assimilada”, afirma.

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