Onda de roubos e furtos deixa comerciantes apreensivos em Corumbá

Com roubos e furtos cada vez mais frequentes na área central de Corumbá, muitos comerciantes e os próprios moradores da região, estão investindo em segurança para não se tornarem as próximas vítimas destes crimes. Lanchonete, imobiliária, escritório de advocacia, salão de beleza, farmácia e residências, são alguns dos locais que começaram o ano com prejuízos. […]

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Com roubos e furtos cada vez mais frequentes na área central de Corumbá, muitos comerciantes e os próprios moradores da região, estão investindo em segurança para não se tornarem as próximas vítimas destes crimes. Lanchonete, imobiliária, escritório de advocacia, salão de beleza, farmácia e residências, são alguns dos locais que começaram o ano com prejuízos. E os bandidos já não estão apenas interessados em objetos de grande valor. Eles estão levando até pen drive e máquina de cortar cabelo.

No dia 18 de janeiro, levaram o portão de uma casa durante a madrugada. Na terça-feira (19), um homem, de 54 anos, estacionou a bicicleta em frente a uma loja de telefonia celular, na rua Dom Aquino, e quando voltou, ela não estava mais lá. O mesmo caso aconteceu com André Gonçalves de Freitas, às 11 horas de quinta-feira (21), na rua Quinze de Novembro, esquina com a Delamare. E as estatísticas podem ser ainda maiores. Há casos em que as vítimas não registram boletim de ocorrência.

Computadores de mesa, grandes quantias em dinheiro e celulares, são mais alguns dos prejuízos registrados por comerciantes e população em geral durante roubos ou furtos nas principais ruas de Corumbá em janeiro. Para evitar o terceiro prejuízo em menos de um ano, o dono de uma lanchonete colocou trancas mais reforçadas e soldou barras de ferro nas portas. Tudo para evitar o que aconteceu no dia 13 deste mês, quando a porta dos fundos foi arrombada e os bandidos levaram um aparelho de DVD, R$ 300 em moedas e refrigerantes. O estabelecimento já tinha sido assaltado em 2009. Para aumentar ainda mais a segurança, dispositivos de alarmes serão instalados.

Esta também foi a solução para um escritório de advocacia. Os ladrões quebraram o vidro de uma porta, por onde entraram e levaram 2 computadores e um pen drive no dia 17 de janeiro. Para aumentar a proteção, as travas e as barras de ferro ganharam reforços, além de um sistema de alarme que faz o monitoramento enquanto os proprietários não estão no local.

Além dos prejuízos financeiros, estes crimes causam medo, e muitas vezes, deixam traumas em suas vítimas. Os familiares, funcionários e o dono de uma loja de roupas, localizada na Treze de Junho, passaram por momentos de tensão durante a tarde de quinta-feira (21). “Um homem entrou dizendo que queria comprar algo, mas com o passar do tempo começou a revirar as prateleiras. Quando pedimos para sair da loja ficou irritado. Notamos que ele estava com uma das mãos no bolso de trás da bermuda desde a hora que entrou. Ele ameaçou meu pai com uma faca e por pouco não o feriu no olho. Conseguimos contê-lo e ligamos para a Polícia Militar”, contou o empresário Imad Badere. Os comerciantes temem também perder clientes por causa desta onda de violência. “Vamos contratar um segurança para ficar na porta da loja. Com o aumento dos assaltos, os consumidores também temem ser vítimas, o que pode diminuir o movimento na região central”, ressaltou Imad.

A falta de policiamento também é vista como uma das causas do aumento da criminalidade. “Poderia ter pelo menos 8 policiais circulando nas principais ruas da cidade, mas não em viaturas e sim a pé. Não vemos fiscalização durante o horário comercial”, afirmou o comerciante Ragh Ade Abdel.

De acordo com o comandante do 6º Batalhão de Polícia Militar, tenente-coronel Nelson Antônio da Silva, o policiamento na região central de Corumbá é feito. “O problema é que o Centro é grande, não temos como estar presentes em todos os locais. Nós notamos que não acontecem crimes onde estamos fazendo fiscalizações, mas os criminosos migram para outras áreas da cidade. A PM conta com agentes de trânsito, viaturas e grupamento tático, mas a quantidade de policiais não é o suficiente para controlar todas as ocorrências. A preocupação é que são, na maioria, pequenos roubos e os assaltantes usam armas de fogo para levar bicicleta ou celular, por exemplo”, concluiu.

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