Representantes do comércio, indústria, cultura, patrimônio, turismo, universidades, além de profissionais de engenharia, arquitetura, representantes da Feira Central e dos moradores da Vila Ferroviária, participaram da 1ª Oficina de Trabalho para o Plano de Uso e Ocupação da Esplanada Ferroviária. Coordenado pelo Planurb, (Instituto Municipal de Planejamento Urbano) o primeiro encontro aconteceu na quinta-feira (16) na Casa da Ferrovia. A próxima oficina deverá acontecer em março de 2011 quando será apresentada a versão preliminar do Plano.

Durante a oficina, os participantes se dividiram em grupos para detalhar propostas de revitalização da Esplanada Ferroviária, de preservação do patrimônio histórico, de animação cultural e de valorização do espaço público. Entre os pontos discutidos foram destacados a humanização e o conforto ambiental, a mobilidade urbana, a acessibilidade, o estacionamento na região e arborização. Em relação ao patrimônio, as discussões se voltaram para a valorização e preservação da memória, o fortalecimento da identidade cultural e a instituição de mecanismos de preservação do patrimônio.

Os aspectos econômicos também foram destacados durante a oficina considerando ações de inserção da visão empresarial, fortalecimento do turismo, comércio e serviços no espaço da Esplanada Ferroviária e seu entorno e o estímulo ao crescimento econômico e inclusão social. A parceria público-privada também foi considerada uma das ações necessárias para o espaço a ser revitalizado. De acordo com a diretora Marta Martinez ainda foram discutidas ações para tornar a Esplanada um polo de atividades culturais, tendo a região como uma espécie de distrito cultural estando a população residente no entorno inserida nesse processo.

Revitalização do Centro

Toda essa discussão surge a partir do Plano Local de Revitalização do Centro – ZEIC-centro (que foi transformado em Lei) que propõe a reestruturação do Complexo Ferroviário transformando-o em um espaço que garantirá a preservação de um momento da história de Campo Grande por meio do seu patrimônio. Prevê ainda, a partir do resgate histórico, o desenvolvimento econômico, social e cultural com a promoção do lazer, do turismo e da gastronomia regional.

Com a 1ª Oficina, foi possível discutir com os diversos setores da sociedade as potencialidades e problemas do complexo e colher as percepções de cada um deles sobre a ocupação da área. A Esplanada Ferroviária irá compor um eixo de animação cultural, de comércio, serviços e lazer que vai abranger a região do Horto Florestal, Parque Orla Morena, Orla Ferroviária, Esplanada Ferroviária, culminando com a implantação de um trem turístico ligando o Centro de Belas Artes à Estação Ferroviária.

A Estação Ferroviária de Campo Grande é o primeiro prédio do complexo a receber obras de revitalização com recursos do PAC das Cidades Históricas. A intenção é estender para a rotunda, os galpões, entre outras áreas que compoem o complexo de 17 hectares. O prédio com aproximadamente 2 mil metros quadrados abrigará, entre outras atividades, o Centro de Documentação que vai contar a história da ferrovia com documentos, depoimentos, vídeos, fotos e objetos, atendendo atividades de lazer, eventos, educação patrimonial e feiras culturais e de artesanato.