Obra conta como Sinatra ressurgiu após dura queda

Ele forneceu a trilha musical para várias gerações de americanos que tentavam transpor os caminhos espinhosos do romance e lidar com amor e mágoa. E ele se tornou um dos homens contraditórios quintessenciais da cultura do século 20: o sujeito durão cujo canto irradiava uma notável ternura e vulnerabilidade; o sofisticado baladeiro de Las Vegas […]

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Ele forneceu a trilha musical para várias gerações de americanos que tentavam transpor os caminhos espinhosos do romance e lidar com amor e mágoa. E ele se tornou um dos homens contraditórios quintessenciais da cultura do século 20: o sujeito durão cujo canto irradiava uma notável ternura e vulnerabilidade; o sofisticado baladeiro de Las Vegas com uma visão existencial da vida; o citadino elegante que sabia cantar a dor de cotovelo como ninguém. Os fãs podiam reconhecer sua voz com duas ou três sílabas torneadas com perfeição, e o conheciam por seu estilo: o chapéu inclinado, o paletó jogado sobre o ombro, os cigarros Camel e os Jack Daniel”s.

Ele foi o destruidor de corações adolescentes original e o arauto de uma nova era de celebridades. Quando nevava, um escritor observou, “as garotas lutavam por suas pegadas, que algumas levavam para casa e guardavam na geladeira”. A história da ascensão e autoinvenção de Frank Sinatra e a história de sua queda e seu admirável retorno tiveram as características dos mitos americanos mais essenciais, e seu relato, disse certa vez Pete Hamill, requeriam um romancista, “alguma combinação de Balzac e Raymond Chandler”, que pudesse “se aproximar mais da verdade fugidia que um “autobiógrafo” refinado como Sinatra jamais se permitiria chegar”. Agora, com Frank: The Voice (Doubleday, 786 págs., US$ 35), Sinatra tem esse cronista em James Kaplan, autor de ficção e não ficção que produziu um livro com todos os detalhes emocionais e o ímpeto narrativo de um romance.

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