Ainda não há previsão de transferência da mulher que está presa há 12 dias em um banheiro da Delegacia de , segundo informações da juíza da 1ª Vara da comarca do município, Luciane Buriasco de Oliveira. A juíza magistrada afirma que esse é um problema antigo e que, no ano passado, houve aproximadamente 5 casos semelhantes.

“É um problema antigo, porque não tem vaga, a solução encontrada pela delegacia acaba sendo essa, no ano passado, houve aproximadamente cinco casos como esse. Era para ela ganhar liberdade provisória, mas por causa dos delitos e por não ter endereço fixo, não foi possível. Esse problema faz parte de um maior que é manter preso na delegacia, problema que o Conselho Nacional de Justiça quer resolver”. A mulher já foi indiciada 23 vezes de 2006 para cá. 

Por causa desse problema da falta de vaga, Loyane Souza Almeida, 23, dependente de crack, foi detida por furtar desodorante em supermercado, está presa em um banheiro desde o dia 21 de janeiro, já que as duas celas da delegacia estão com ocupadas com 20 detentos.

No dia da sua prisão, a mulher e Edson Paulo de Arruda Junior, de 27 anos, teriam invadido um supermercado e furtado uma bolsa, bebida e desodorante. A dupla acabou presa. Além desse delito, desde 2006, quando tinha 19 anos, a jovem começou a se envolver em uma série de delitos, 

 Foram ameaças, lesão corporal, perturbação da tranqüilidade, apropriação indébita, violação de domicílio e receptação. Na ficha corrida, 23 registros policiais o mesmo número da idade dela.

A respeito da situação da mulher, o delegado de Chapadão do Sul, João Carlos Dutra, afirma que manter a mulher no banheiro não é o ideal, mas que as condições que ela tem no local são melhores do que se ela estivesse em uma cela.

“Estão fazendo um escândalo, ela não só furtou um desodorante, tem mais delitos, bolsas com cheques entre outras coisas. Mas ela está melhor no banheiro do que se estivesse em uma cela. No banheiro, tem chuveiro elétrico, tem vaso, é de azulejo, uma vez teve um advogado que teve precisava ficar em cela especial e ele ficou lá. Já na cela é de cimento e eu não posso colocar ela junto com os homens”, afirma o delegado 

Sobre a transferência, da juíza da 1ª Vara da comarca de Chapadão do Sul afirma que ainda não há uma previsão de quando a mulher poderá ser transferida, porém ela acredita que uma vaga em São Gabriel do Oeste ou Campo Grande seja disponibilizada.