MTA perde contrato, leva multas todo dia e pode parar de voar para Correios
Personagem da crise que derrubou a ex-ministra da Casa Civil Erenice Guerra, a empresa Master Top Linhas Aéreas (MTA) caminha para fechar as portas e abandonar os contratos que mantém com os Correios. Desde 27 de setembro, a companhia não está operando grande parte dos contratos das linhas de transporte de carga aérea postal. E […]
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Personagem da crise que derrubou a ex-ministra da Casa Civil Erenice Guerra, a empresa Master Top Linhas Aéreas (MTA) caminha para fechar as portas e abandonar os contratos que mantém com os Correios. Desde 27 de setembro, a companhia não está operando grande parte dos contratos das linhas de transporte de carga aérea postal. E tem levado multas diárias por causa disso.
Não tem dinheiro para combustível e começa a procurar fornecedores para fazer acordos. O empresário argentino Alfonso Rey, dono oculto da empresa, já disse aos diretores no Brasil que, se a situação financeira piorar, pretende retirar do País os aviões que alugou para a MTA funcionar. O peruano Orestes Romero, que dirigia a empresa no Brasil, foi para o exterior desde o início da crise e não voltou mais.
Na semana passada, o Estado revelou que a MTA perdeu na Justiça o contrato de R$ 44,9 milhões que havia ganho com uma liminar. Na verdade, ela venceu a licitação em julho, mas não entregou documentos no tempo exigido. Foi desclassificada e recorreu à Justiça, onde garantiu uma liminar. Enquanto o negócio estava sendo decidido pela disputa judicial, os Correios fizeram um contrato de emergência de R$ 19 milhões com a própria MTA, com vencimento em novembro. Agora, com a derrota na Justiça, a empresa perdeu esse contrato e deixou de ter o de R$ 44,9 milhões, que passou a ser operado pela Rio Linhas Aéreas.
A linha licitada é uma das mais estratégicas para os Correios, porque representa 13% do valor total da malha e 14% da capacidade de carga contratada. Pregão diário. Desde maio, a empresa já vinha sendo multada por atrasos na operação das linhas. Até agosto, teve pelo menos R$ 1,1 milhão aplicado em multas. Nesse montante, ainda não estão contabilizadas as penalidades aplicadas em setembro e outubro, meses em que a situação ficou crítica – antes de executar as multas os Correios dão direito de defesa à empresa. “A MTA começou a falhar.
Ela não vai aguentar”, admitiu o presidente dos Correios, David José de Matos. Para resolver emergencialmente as falhas na atuação da MTA estão sendo contratados diariamente espaços disponíveis em aeronaves de outras companhias por meio de pregão eletrônico. Sem o contrato emergencial de R$ 19 milhões, a MTA ficou com três contratos de R$ 40 milhões. A MTA está no centro da crise que derrubou Erenice Guerra da Casa Civil. Um filho dela, Israel, fez lobby e cobrou propina para ajudar a empresa dentro do governo.
O nome da MTA apareceu pela primeira vez no cenário político em 29 de agosto, quando o Estado revelou que o então diretor de operações da estatal, coronel Eduardo Artur Rodrigues Silva, dirigiu nos últimos anos a empresa contratada pelo governo. O coronel pediu demissão em 20 de setembro, depois de o Estado revelar que ele é testa de ferro do argentino Alfonso Conrado Rey, um empresário que mora em Miami, verdadeiro dono da MTA.
O advogado da MTA, Marcos de Carvalho Pagliaro, disse que a empresa passa por dificuldades financeiras, mas afirmou que pretende continuar operando os outros contratos vigentes com os Correios. A MTA depende desses contratos públicos e não costuma ter grande atuação no ramo privado.
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