MS tem só duas desembargadoras; dez são juízas na Capital
Em Campo Grande, os homens ocupam os principais postos no Poder Judiciário sendo 37 juízes e 29 desembargadores. O número de mulheres, segundo dados apurados pelo Midiamax no site do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul, é de dez juízas e duas desembargadoras. São elas Marilza Lúcia Fortes e Tânia Garcia de Freitas. […]
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Em Campo Grande, os homens ocupam os principais postos no Poder Judiciário sendo 37 juízes e 29 desembargadores. O número de mulheres, segundo dados apurados pelo Midiamax no site do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul, é de dez juízas e duas desembargadoras.
São elas Marilza Lúcia Fortes e Tânia Garcia de Freitas.
As juízas são Maria Isabel de Matos Rocha; Samantha Ferreira Barione; Cintia Xavier Letteriello Medeiros; Joseliza Alessandra Vanzela Turine; Flávia Simone Cavalcante Costa; Sabrina Rocha Margarida; Gabriela Muller; Sueli Garcia Saldanha; Katy Braun de Prado e Vânia de Paula Arantes.
Muitas na parte administrativa
Porém, segundo levantamento do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul, são ao menos 3.300 servidores. A maioria é mulheres. São 1.704 servidoras nas comarcas e 493 na secretaria do Tribunal de Justiça. Grande parte ingressou no serviço público nos últimos 5 anos – apenas 1,7% em 1980.
Desde 1981 houve o crescimento da presença feminina nas varas do poder Judiciário.
1981-1985, o quadro feminino aumentou em 9,1%;
1986-1990 houve acréscimo de 18,2% mulheres;
1991-1995 mais 6,6%;
1996-2000 somaram mais 6,8%;
2001-2005 mais 24,1% ;
2006-2010 mais 33,5% mulheres passaram a fazer parte do quadro funcional do Tribunal de Justiça.
Maioria de MS
Do total de servidoras, 65% são de MS, o que significa dizer que 1.417 nasceram no Estado.
Do restante, duas são de AL, sete da BA, oito do CE, nove do DF, cinco do ES, 19 nasceram em GO, uma no MA, 37 em MG, 31 são de MT, duas do PA, duas da PB, sete vieram do PE, uma do PI, 165 são do PR, 30 do RJ, duas do RN, cinco de RO, 77 de RS, 20 vieram de SC, uma de SE e 349 de SP. A média de idade das mulheres que trabalham no TJ-MS é de 39 anos.
Família
Ainda conforme o levantamento do TJ-MS, do total de mulheres do Poder Judiciário, 989 não possuem filhos; 415 têm apenas um filho; 576 são mães de dois filhos; 185 servidoras têm três filhos; 24 têm quatro filhos; quatro servidoras possuem cinco filhos e apenas uma elevou o número de filhos para seis.
Qualificação
Entre as servidoras da justiça sul-mato-grossense é possível encontrar apenas oito com o primário completo, 13 com primeiro grau incompleto, 28 com primeiro grau completo. Quanto maior o tempo passado nos bancos escolares, maior o número de servidoras: 53 apresentam o 2º grau incompleto contra 539 com 2º grau completo. E mais: 305 começaram a cursar faculdade e não terminaram e 1.086 possuem o superior completo.
Não satisfeitas, quatro são pós-graduandas, 115 são especialistas; uma é mestranda e, em pouco tempo, fará parte das cinco que já completaram o mestrado. Uma possui doutorado. Esses números mostram que mais da metade (55%) das mulheres possuem graduação completa.
O curso de Direito representa 39% do total (484), seguido por Letras (97), Administração (91), Serviço Social (71), Pedagogia (63), Ciências Contábeis (46), Psicologia (38), Licenciatura em Letras (25), Pedagogia (17) e Ciências Econômicas (16). Uma curiosidade: no Poder Judiciário de Mato Grosso do Sul trabalha apenas uma mulher de nacionalidade síria – as demais são brasileiras.
Os dados mostram que 958 são casadas e 900 solteiras.
São 125 divorciadas, 124 separadas, 20 viúvas e 37 em outros estados civis.
Faixa etária
Em números detalhados são 82 com até 20 anos; 496 na faixa entre 21 e 30 anos; 573 mulheres tem de 31 a 40 anos; 739 estão entre 41 a 50 anos; 282 já passaram dos 50 e se enquadram entre 51 a 60 anos e apenas 25 estão acima dos 60. Em porcentagem, contabilizados os números, descobre-se que 34% das mulheres estão na maior faixa, que é a dos 41 aos 50 anos.
Conforme reportagem da equipe do TJ-MS, a juíza Maria Isabel de Matos Rocha, titular da 3ª Vara da Fazenda Pública de Campo Grande, tem 25 anos de atuação no judiciário e reconhece que muito se conquistou nesse período de mais de duas décadas. “Basta ver que hoje a mulher tem 180 dias de licença-maternidade”, citou ela. Para a juíza auxiliar da presidência do TJMS, Elizabete Anache, não cabe discriminação na carreira da magistratura.
“Ao contrário, a mulher enfrenta qualquer trabalho. Ela não se intimida se precisa fazer uma inspeção judicial, se houver necessidade de visitar presídios”, concluiu a juíza. (Com informações do TJ-MS)
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