MS começa vacinação contra aftosa em cidades da fronteira

Mais de 800 mil bois e búfalos de seis mil propriedades de Mato Grosso do Sul que fazem fronteira com Paraguai e Bolívia devem ser vacinados contra a febre aftosa a partir desta sexta-feira, 1º de outubro. Durante 45 dias, 400 veterinários e auxiliares do serviço oficial percorrem a Zona de Alta Vigilância (ZAV) para […]

Ouvir Notícia Pausar Notícia
Compartilhar

Mais de 800 mil bois e búfalos de seis mil propriedades de Mato Grosso do Sul que fazem fronteira com Paraguai e Bolívia devem ser vacinados contra a febre aftosa a partir desta sexta-feira, 1º de outubro. Durante 45 dias, 400 veterinários e auxiliares do serviço oficial percorrem a Zona de Alta Vigilância (ZAV) para imunizar os animais.

Para esta etapa da campanha, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) adotou inovações no processo de vacinação na ZAV. O Serviço Veterinário Oficial do estado avalia as propriedades e identifica as que possuem estrutura para vacinar os animais independentemente. “Caberá aos fiscais estaduais a supervisão do trabalho dos responsáveis técnicos e da equipe contratada pelo proprietário da fazenda”, explica Plínio Lopes, coordenador do Programa Nacional de Erradicação e Prevenção da Febre Aftosa (Pnefa) do Ministério da Agricultura.

A ZAV foi implantada em fevereiro de 2008, por recomendação da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE, sigla em inglês), para reduzir os riscos de difusão do vírus da febre aftosa entre Brasil, Argentina, Paraguai e Bolívia. Em Mato Grosso do Sul, a zona abrange fazendas nos municípios de Corumbá, Ladário, Porto Murtinho, Caracol, Bela Vista, Antônio João, Ponta Porã, Aral Moreira, Coronel Sapucaia, Paranhos, Sete Quedas, Japorã e Mundo Novo, onde as ações de vigilância veterinária são reforçadas.

De acordo com o chefe do Serviço de Defesa Agropecuária de Mato Grosso do Sul (Sedesa), Elvio Cazola, os dois anos de vacinação praticada diretamente pelo estado habilitaram os fiscais para o trabalho. “A flexibilização é um sinal de que a medida está funcionando”, disse. Ele informou ainda que serão mantidas atividades previstas em acordo internacional, como a identificação individual dos animais e o monitoramento do trânsito de bois e búfalos entre as propriedades.

O Ministério da Agricultura encaminhou, em agosto deste ano, pedido à OIE para a retomada da condição da ZAV como área livre de aftosa com vacinação, como estão classificadas todas as outras áreas de Mato Grosso do Sul. “Especialistas designados pela organização devem avaliar o pedido em dezembro e apresentar o resultado em maio, na próxima reunião da entidade, em Paris”, conclui Plínio Lopes.

Conteúdos relacionados