Mortes por dengue aumentam quase 90% e MS está entre estados com mais casos
O número de mortes provocadas pela dengue no país aumentou 89,7% neste ano (no período entre janeiro e 16 de outubro) em relação a todo o ano passado, segundo dados divulgados nesta quinta (11) pelo Ministério da Saúde. De acordo com o coordenador do Programa Nacional de Controle da Dengue, Giovanini Coelho, houve 312 mortes […]
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O número de mortes provocadas pela dengue no país aumentou 89,7% neste ano (no período entre janeiro e 16 de outubro) em relação a todo o ano passado, segundo dados divulgados nesta quinta (11) pelo Ministério da Saúde.
De acordo com o coordenador do Programa Nacional de Controle da Dengue, Giovanini Coelho, houve 312 mortes em 2009 e 592 entre janeiro e 16 de outubro deste ano.
O número de casos notificados da doença, informou o ministério, aumentou mais de 90% no mesmo período. Em todo o ano de 2009, foram notificados 489.819 casos e, neste ano, mais de 936 mil.
Segundo ele, 70% dos casos notificados estão concentrados em seis estados: São Paulo, Acre, Minas Gerais, Rondônia, Mato Grosso do Sul e Goiás.
A maior parte das mortes teve como causa o vírus do tipo 1 da doença, comum nos anos 90, afirmou o coordenador do programa.
“O vírus da dengue tipo 1 voltou a circular pelo país e encontrou um contingente populacional sem imunidade. Esse vírus circulou por áreas muito populosas, como São Paulo e Minas Gerais”, disse Coelho.
Segundo ele, a combinação entre alta incidência de chuvas, temperaturas elevadas e baixo saneamento também contribuíram para o aumento no número de casos. Outro fator é o número de domicílios que não têm coleta regular de lixo – mais de 10 milhões, segundo o ministério.
Campanha
Nesta quinta, o Ministério da Saúde lançou uma nova edição da Campanha Nacional de Combate à Dengue. De acordo com o ministro José Gomes Temporão, a campanha consistirá de distribuição de folhetos e propaganda em emissoras de rádio e televisão.
A partir da próxima semana, o ministro visitará as cidades onde há maior risco de disseminação da doença, com o objetivo de divulgar a campanha.
Neste ano, o Ministério da Saúde pretende intensificar a campanha de combate à doença, com peças publicitárias consideradas mais fortes, que vão utilizar depoimentos de pessoas que passaram pela doença ou tiveram familiares e amigos atingidos.
Cidades com risco de surto
Temporão disse que, atualmente, 15 cidades correm o risco de passar por um surto de dengue nos próximos meses, das quais duas capitais: Porto Velho (RO) e Rio Branco (AC).
Em outras 123 cidades do país, o ministério detectou situação de alerta para a doença, segundo o ministro da Saúde, José Gomes Temporão.
Participaram do levantamento 417 cidades. Destas, 300 já enviaram as informações ao Ministério da Saúde. Outras 188 estão finalizando a contabilização dos dados.
Segundo o ministério, os 15 municípios que apresentam risco de surto representam 5% de todos os que encaminharam os dados ao ministério. São as cidades de Afogados da Ingazeira (PE), Ceará-Mirim (RN), Bezerros (PE), São Miguel (RN), Serra Talhada (PE), Rio Branco (AC), Ilhéus (BA), Floresta (PE), Simões Filho (BA), Mossoró (RN), Porto Velho (RO), Caicó (RN), Tamaragibe (PE), Caetanópolis (MG) e Epitaciolândia (AC). Em 2009, dez cidades estavam em situação de risco, entre elas Ilhéus e Mossoró, que permaneceram na lista deste ano.
De acordo com o ministério, a situação de risco é caracterizada quando mais de 3,9% das residências pesquisadas pelos técnicos do Ministério da Saúde apresentam larvas do mosquito transmissor da doença. Na situação de alerta, o índice de infestação vai de 1% a 3% das residências. Para o, Ministério da Saúde, o índice considerado satisfatório deve ser menor de 1%.
Outras 123 cidades estão em situação de alerta, e representam 41% dos municípios analisados. Entre eles, estão 11 capitais – Salvador, Palmas, Rio de Janeiro, Maceió, Recife, Goiânia, Aracaju, Manaus, Boa Vista, Fortaleza e Vitória. Em outros 54% das cidades analisadas, a situação foi considerada satisfatória, onde não há riscos de surto da doença.
“Sabemos que a dengue é uma doença em que o diagnóstico precisa ser feito de forma rápida, e o atendimento também. Além disso, houve um reforço para os estados de insumos, medicamentos, inseticidas, larvicidas e um treinamento mais intenso dos agentes de saúde” disse o ministro.
Vacina
O ministro lamentou o fato de o governo brasileiro ainda não ter conseguido desenvolver uma vacina para combater a doença.
” Eu gostaria hoje de estar aqui dando uma notícia que seria primeira página, que seria a incorporação de uma vacina contra a dengue, mas não será neste momento. Vocês sabem que já estamos testando um protótipo desta vacina em Santa Catarina, mas ainda não será neste momento”, disse o ministro.
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