A Missão Evangélica Caiuá, uma instituição filantrópica ligada a Igreja Presbiteriana recebeu do Ministério da Saúde R$ 52 milhões do Ministério da Saúde para cuidar da saúde indígena no município de Dourados.

Os dados estão disponíveis no Portal da Transparência do Governo Federal e os valores foram repassados entre os anos 2007 e 2009 período que deverá ser investigado pela CPI da Saúde criada pela Câmara Municipal na noite de segunda-feira.

A título de “promoção, vigilância, proteção e recuperação da saúde indígena”, a Missa Caiuá recebeu em 2007 o valor de R$ 14.529.105,78.

No ano seguinte o repasse foi de R$ R$ 14.310.914,46. Em 2009, primeiro ano da gestão de Ari Artuzi, os evangélicos “abocanharam“ R$ 23.209.317,07 para cuidar da saúde dos quase 15 mil índios de Dourados espalhados nas Aldeias Bororó, Jaguapiru e Panambizinho.

Ao todo nos três anos em que a CPI pretende investigar o sistema de saúde pública em Dourados, a Missão Caiuá ficou com R$ 52 milhões dos R$ 222 milhões repassados pelo Ministério da Saúde para o município, o que significa mais de 25%.

MISSAO

A Missão Caiuá foi criada em 1928 pelo missionário norte-americano Albert Maxwell com a intenção de evangelizar os índios de Dourados. Considerada uma ONG (Organização Não-Governamental) sem fins lucrativos a Missa Caiuá oferece serviços na área de saúde para os índios através de convênios com o (SUS) Sistema Único de Saúde.

A entidade mantém desde 1963 o Hospital e Maternidade Porta da Esperança e ainda uma unidade para tratamento de índios com tuberculose vindos das mais diversas aldeias da região sul de Mato Grosso do Sul.