Ministério dos Transportes pode incluir poliduto no PNLT

A possibilidade de Mato Grosso do Sul se tornar um dos maiores produtores de etanol do Brasil levou o Ministério dos Transportes a incluir nas discussões hoje (9) do Plano Nacional de Logística e Transporte (PNLT) a construção de um poliduto para transportar etanol para outros Estados. A inclusão do poliduto no plano foi uma […]

Ouvir Notícia Pausar Notícia
Compartilhar

A possibilidade de Mato Grosso do Sul se tornar um dos maiores produtores de etanol do Brasil levou o Ministério dos Transportes a incluir nas discussões hoje (9) do Plano Nacional de Logística e Transporte (PNLT) a construção de um poliduto para transportar etanol para outros Estados. A inclusão do poliduto no plano foi uma das discussões na reunião de apresentação do PNLT, que acontece hoje (9), na Capital. O poliduto faz parte dos projetos estratégicos do governo do Estado para o desenvolvimento de Mato Grosso do Sul.

“Possivelmente, Mato Grosso do Sul vai ser um grande produtor no contexto nacional e vai produzir mais do que consome localmente. Então, terá que exportar o excedente. Vamos discutir com setores de governo, no caso a Transpetro, ou empreendedores privados que tenham interesse, em instalar um poliduto capaz de levar o etanol até Paulínea (SP), miolo de grande consumo de etanol do País. Essa é uma novidade que está inserida no PNLT hoje”, afirma o secretário de Política Nacional de Transportes, Marcelo Perrupato.

Além do poliduto, o secretário explica que o plano também reserva para o Estado vários projetos que já estão previstos no PNLT e também novas propostas. “Há novos projetos que surgiram em função das ferrovias de bitola larga. Em Aparecida do Taboado vai passar a ferrovia Norte/Sul e expansão da Norte/Sul, no ramal que vai a Porto Murtinho. São dois empreendimentos ferroviários importantes para Mato Grosso do Sul”, conta.

De acordo com Perrupato, o setor privado também vai apresentar propostas, já que é grande a demanda de infraestrutura de transporte. “A PNLT é permanente, não é um relatório de prateleira, é um processo de planejamento, é nacional, é federativo, não é puramente federal tanto que a gente observa hoje a necessidade de investimento em infraestrutura de jurisdição dos Estados e dos municípios, tentando apóia-los na medida em que eles fazem parte dessa cadeia logística de transporte”, ressalta.

Para o secretário, não há mais divisas de Estados. “Hoje, temos vetores logísticos e Mato Grosso do Sul é um caso típico já que está inserido com uma parte do sul de Minas Gerais, sul de Goiás, norte do Paraná e do Estado de São Paulo. Essa mecânica que envolve Mato Grosso do Sul também envolve parte dos territórios de outros Estados; é assim que a economia funciona”, avalia.

O PNLT, conforme Perrupato, já está pronto. Tivemos a primeira versão em 2008 e com a revisão, passou de R$ 172,4 bilhões de investimento total para R$ 291 bilhões. “Agora, vamos fechar por volta de final de abril e meados de maio, a proposta do Plano Plurianual (PPA) de 2012 a 2015 que também vai ser encaminhado para gerar uma lei orçamentária no Congresso Nacional e a gente faz isso fazendo consultas locais”, explica o secretário, lembrando que as reuniões terminam no dia 11 de março e será preparada a nova proposta de investimento no setor de transportes.

A expectativa de crescimento econômico da região de Mato Grosso do Sul, continua Perrupato, não tem como ficar apoiada no transporte rodoviário, que não é suficiente para atender a demanda e o frete também é mais caro. “Esse tipo de modal não serve para área de fronteira agrícola e mineral”, finaliza.

Conteúdos relacionados