A grande imprensa nacional voltou a especular hoje a possibilidade da senadora sul-mato-grossense Marisa Serrano (PSDB) ser indicada para candidata a vice-presidente na chapa de José Serra (PSDB). Hoje, o blog do jornalista Josias de Souza da Folha Online anuncia que “PSDB cogita escolher uma mulher para vice de Serra”. Conforme o blog, encontra-se sobre a mesa o nome de Marisa Serrano, atual vice presidente do PSDB nacional. Ocorre que o nome dela sofre resistência no DEM, principal parceiro dos tucanos.

O nome de Marisa apareceu pela primeira vez como uma possibilidade de candidata a vice de José Serra em uma palestra que ela ministrou para lideranças femininas do BDR (Bloco Democrático Reformista), composto por PSDB, DEM e PPS, em 25 de fevereiro, em São Paulo. Desde então, ela passou a ser um nome lembrado pela imprensa nacional quando o tema em questão era a escolha do vice do tucano.

Publicamente, a senadora já admitiu que tal projeto a interessaria, mas avalia que a vaga deve ficar com uma liderança do Nordeste em razão da densidade eleitoral da região.

Conforme o blog do Josias, os democratas consideram-se como que donos da vaga de vice. O DEM admitira abrir mão da postulação em favor do grão-tucano Aécio Neves. Mas o governador mineiro refugou a oferta. Ocorre que os democratas não conseguiram encontrar até um momento uma liderança de grande densidade eleitoral que esteja disposta a abandonar seus próprios projetos políticos para figurar como vice de Serra.

O PSDB se vê diante de um impasse. Já dispõe do candidato. Mas não consegue arranjar para Serra um vice. É nesse contexto de dúvidas e hesitações que o nome de Marisa Serrano remanesce sobre a mesa.

A favor dela pesam dois fatos: dispõe de boa articulação verbal. E veste saias, como Dilma Rousseff. Contra ela, a resistência do DEM é a localização periférica do seu Estado de origem, o Mato Grosso do Sul.

Marisa, aliás, tem contraposto Dilma Rousseff mesmo antes do período eleitoral. Em lance amplamente divulgado pela imprensa, Marisa atacou o PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), principal bandeira do governo Lula, que classificou como “amontoado de obras de foco nem objetivo definido”. Neste fim de semana, chamou de “engodo”, o PAC2, segunda etapa do programa.