Mercado prevê mais crescimento e menos inflação em 2010

Os economistas do mercado financeiro subiram, na última semana, a sua estimativa para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) deste ano de 7,06% para 7,13%, informou nesta segunda-feira (28) o Banco Central por meio do relatório de mercado, também conhecido como Focus. O documento é fruto de pesquisa da autoridade monetária com os analistas […]

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Os economistas do mercado financeiro subiram, na última semana, a sua estimativa para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) deste ano de 7,06% para 7,13%, informou nesta segunda-feira (28) o Banco Central por meio do relatório de mercado, também conhecido como Focus. O documento é fruto de pesquisa da autoridade monetária com os analistas do mercado financeiro. Essa foi a 15ª elevação consecutiva deste indicador.

Se confirmada, a expansão de 7,13% esperada pelo mercado financeiro para 2010 será a maior desde 1986, quando o país cresceu 7,49%, segundo série histórica do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) disponibilizada pelo BC. Para 2011, a previsão de crescimento econômico do mercado financeiro permaneceu estável em 4,5%.

Inflação

Ao mesmo tempo, o mercado financeiro também reduziu, na semana passada, a previsão para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (IPCA) deste ano de 5,61% para 5,55%. Para 2011, a previsão do mercado ficou inalterada em 4,80%.

No Brasil, vigora o sistema de metas de inflação, pelo qual o BC tem de calibrar os juros para atingir as metas pré-estabelecidas. Para 2010 e 2011, a meta central de inflação é de 4,5%, com um intervalo de tolerância de dois pontos percentuais para cima ou para baixo. Deste modo, pode ficar entre 2,5% e 6,5% sem que a meta seja formalmente descumprida.

A expectativa do mercado, portanto, ainda permanece bem acima da meta central de inflação de 4,5% para este ano. O BC, ao definir os juros básicos da economia, calibra a taxa de juros para que a inflação convirja para o centro da meta definida pelo governo.

Juros

Com as pressões inflacionárias, os analistas do mercado financeiro apostam que os juros continuarão avançando no resto deste ano. Para julho, a previsão continuou sendo de um novo aumento de 0,75 ponto percentual, o que elevaria a taxa básica dos atuais 10,25% para 11% ao ano. Até o fim deste ano, o mercado acredita que os juros subirão mais ainda, para 12% ao ano. Para o fim de 2011, a estimativa dos analistas do mercado permaneceu em 11,75% ao ano.

Taxa de câmbio

Nesta edição do relatório Focus, a projeção do mercado financeiro para a taxa de câmbio no fim de 2010 permaneceu em R$ 1,80 por dólar. Para o fechamento de 2011, a previsão dos analistas para a taxa de câmbio subiu de R$ 1,89 para R$ 1,90 por dólar.

Balança comercial

A projeção dos economistas do mercado financeiro para o superávit da balança comercial (exportações menos importações) em 2010 subiu de US$ 15,1 bilhões para US$ 15,3 bilhões na semana passada.

Para 2011, o BC revelou nesta segunda-feira que a previsão dos economistas para o saldo da balança comercial subiu de US$ 6 bilhões para US$ 7 bilhões de superávit.

No caso dos investimentos estrangeiros diretos, a expectativa do mercado para o ingresso de 2010 permaneceu em US$ 35 bilhões. Para 2011, a projeção de entrada de investimentos no Brasil ficou estável em US$ 40 bilhões.

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