Marisa analisa pesquisa e aposta que Serra pode “reverter o jogo”

A senadora Marisa Serrano passou as últimas 48 horas debruçada sobre o relatório completo da última pesquisa Datafolha, realizada entre os dias 09 e 12 de agosto, que indicou pela primeira vez uma vantagem de 8 pontos percentuais de intenção de voto da candidata Dilma Rousseff (41%) sobre José Serra (33%). Segundo a Senadora, os indicadores […]

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A senadora Marisa Serrano passou as últimas 48 horas debruçada sobre o relatório completo da última pesquisa Datafolha, realizada entre os dias 09 e 12 de agosto, que indicou pela primeira vez uma vantagem de 8 pontos percentuais de intenção de voto da candidata Dilma Rousseff (41%) sobre José Serra (33%).

Segundo a Senadora, os indicadores mostram que ainda há muito “jogo para ser jogado” e que será possível reverter a atual tendência de crescimento de Dilma e queda de Serra.

Detalhes das pesquisas precisam ser mostrados

Marisa lembrou que, de acordo com o Datafolha, há dados reveladores, na maioria dos casos, excluídos pelo noticiário da imprensa e que precisam ser considerados para que os eleitores possam fazer uma leitura mais adequada do quadro eleitoral.

A pesquisa revela – explica a senadora – que 23% dos entrevistados dizem que o partido de sua preferência é o PT, enquanto apenas 5% optam pelo PSDB. “Isso mostra que os indicadores de Dilma partem de um patamar bem elevado enquanto o de Serra é muito baixo, significando que a pesquisa fica matizada desde o princípio”, esclarece Marisa.

“Com isso, nada mais lógico e natural que a expectativa de voto em Dilma fica situado num patamar sempre mais elevado, o que cria uma ilusão nos eleitores que apenas olham os números gerais e esquecem os índices específicos que lhes dão sustentação”, justifica.

Outro ponto curioso da pesquisa que merece ser observado – e que repete os levantamentos anteriores – é aquele que indica os índices de transferência de Lula à sua candidata. Os pesquisados que respondem que votariam “com certeza” no nome indicado pelo presidente são 42%, o que, de certa maneira, coincide com os índices obtidos por Dilma nas últimas pesquisas. Aqueles que dizem que não votariam de forma alguma na candidata são 30% e os que estão indecisos sobre a escolha giram em na faixa de 22%.

“Pelos números apresentados acredito que Dilma atingiu o seu limite; a partir de agora, ela terá que mostrar a que veio e se abrir mais para os eleitores”, comenta a senadora. Neste aspecto, será muito importante manter o corpo a corpo da campanha e as propostas que os candidatos vão fazer no dia a dia para a sociedade. Para Marisa, não foi coincidência Dilma ter atingido esse patamar de preferência exatamente no momento em que começa horário eleitoral gratuito, visto que dessa maneira “ela poderá arrastar a estratégia se esconder dos eleitores pelo máximo período de tempo”.

Marisa, neste aspecto, observa que o Datafolha revela um dado interessante que deveria merecer mais atenção dos jornalistas e dos políticos de um modo geral. Segundo ela, embora a candidata do PT tenha atingido um patamar de conhecimento elevado (73%), 64% dos eleitores afirmam que a “conhecem pouco” ou só de “ouvir falar”, sendo que apenas 9% afirmam que a conhecem “muito bem”.

Segundo Marisa, isso demonstra que a “biografia de Dilma é um campo aberto e que ela poderá ser fragilizada à medida que seu conhecimento começar a se ampliar”. Com Serra, ocorre exatamente o oposto, haja vista que ele tem taxa de conhecimento de 91% e, destes, mais de 30% afirmam o conhecer “muito bem”.

De acordo com a leitura do relatório do Datafolha, Marisa comenta que o índice de rejeição de Dilma (20%) é muito elevado em função do baixo nível de conhecimento que ela tem, o que poderá prejudicá-la à medida que a campanha ganhar corpo.

Marisa, contudo, considera que os números demandam atenção para Serra e sinaliza que chegou o momento de engajar a militância no processo e criar um ambiente pró-ativo para campanha. “Acredito que nossos aliados devem mostrar que estamos dispostos a encarar o desafio e surpreender os adversários”, explicou.

Para a Senadora sul-mato-grossense, as pesquisas são fotografias do momento e apresentam um quadro desfocado da realidade. “Em pesquisa não existe preto e branco e sim uma zona cinzenta que pode mudar a todo o instante. Aqueles que imaginam vitória antes do tempo podem se frustrar na hora do voto, pois a decisão consolidada da maioria dos eleitores ocorre geralmente nas últimas semanas antes do pleito”, avalia Marisa.

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