Marinha traz para o Pantanal projeto “Força no Esporte”
O projeto Força no Esporte chega a Ladário e vai contemplar, na sua primeira etapa, 100 crianças, adolescentes e jovens dos 7 aos 17 anos de famílias em situação de vulnerabilidade. Mas a meta é atingir 1000 crianças na região. É mais uma ação que vem fortalecer a parceria Prefeitura-Marinha do Brasil. Trata-se de […]
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O projeto Força no Esporte chega a Ladário e vai contemplar, na sua primeira etapa, 100 crianças, adolescentes e jovens dos 7 aos 17 anos de famílias em situação de vulnerabilidade. Mas a meta é atingir 1000 crianças na região. É mais uma ação que vem fortalecer a parceria Prefeitura-Marinha do Brasil. Trata-se de um projeto nacional, gerenciado pelo Ministério da Defesa, em parceria com o Programa Segundo Tempo, do Ministério dos Esportes, com apoio do Ministério do Desenvolvimento Social e de Combate à Fome (MDS). “É importante educar por meio do esporte”, destacou o contra-almirante Domingos Sávio Almeida Nogueira, comandante do 6º Distrito Naval, incentivador do projeto ao lado do prefeito José Antonio Assad e Faria. Segundo ele, a Marinha pretende estar sempre ao lado da Prefeitura em outras parcerias para impulsionar o desenvolvimento de Ladário. O comandante defende a revitalização do Porto de Ladário. E revela que a Marinha tem planos de construir 547 apartamentos para famílias de militares na cidade até 2022. Confira os principais pontos da entrevista.
Força no Esporte
“Trata-se de um projeto do Ministério da Defesa, que chega à região e vai beneficiar 100 crianças e adolescentes entre 7 e 17 anos. Vamos dar instruções, alimentação, vestimenta para que eles tenham um lado social saudável. Daremos instrução de primeiros socorros, ordem unida, vamos mostrar a possibilidade de fazer carreira na Marinha. O objetivo é educar por meio de esportes e até encaixar alguns no esporte de alto rendimento, que se encaixa no objetivo da nação a longo prazo, já que o Brasil se prepara para a Olimpíada de 2016. Então, tudo gira em torno do esporte”.
Moradores do Mangueiral
“A Prefeitura, como parceira, vai indicar os meninos e meninas. Serão alunos da Rede Pública Municipal, se possível aqueles que moram no entorno da Marinha, que moram no bairro Mangueiral, Mista e Seac, para que se sintam prestigiados pela Marinha. Afinal, moram tão perto da Marinha, e precisamos fazer algo por eles”.
Porto de Ladário
“O Porto de Ladário nos parece ter toda a vocação para o escoamento do minério de ferro, seja ele do Urucum, seja da MCR, seja Mutún, na Bolívia, porque a natureza nos deu as grandes jazidas de ferro, e junto a elas providenciou para que tivesse uma hidrovia natural, que é o rio Paraguai, para carregar grandes quantidades de minério. Nosso minério é muito rico, com grande teor de ferro, chega a ser um teor de 68%, constatei isso durante visita a Vale Mineradora junto a geólogos da Vale. Uma barcaça nossa pega até 1.800 toneladas de minério de ferro, e um comboio são 16 barcaças. Mas se formos comparar uma só barcaça com um caminhão, fica claro que a hidrovia é muito mais vantajosa. Um caminhão pega 30 toneladas, no máximo 60 toneladas, no conjugado. São quantidades irrisórias se comparada à hidrovia. Então, acreditamos que a solução é o Porto de Ladário”.
Impacto ambiental
“Já mostramos as dificuldades de saída pelo Canal do Tamengo. Basicamente são três problemas. Tem a laje do Marina Gattass, de 300 metros de rocha, que teriam de ser derrocadas; segundo, a destruição (solicitada pelos bolivianos) da captação de água de Corumbá, que já foi tombada pelo Iphan, e é uma marca na cidade de Corumbá; terceiro, o Farolete do Balduíno, de frente ao Porto Geral, que também estrangula a passagem da hidrovia naquele ponto. São restrições físicas. Para se retirar a laje do Marina Gattass teria de ser feito estudo ambiental muito grande. O escoamento poderia provocar muita seca, o impacto seria grande. Temos ali um gargalo, e o que vai acontecer não sabemos. Enfim, existe uma série de problemas. Mas de uma forma imediata, se houver vontade política, ainda para este ano de 2010, a saída é pelo Porto de Ladário, seja ele alfandegado, privado ou governamental”.
Moradias de militares
“Temos um Plano de Articulação e Equipamentos que prevê ampliação de unidades militares, em mais 500 homens do Grupamento de Fuzileiros Navais. Já o aumento de unidades residenciais é para tentar dar moradias aos militares da Marinha que já moram na região. Temos um déficit de cerca de 800 residências. Estamos agora construindo na área do Mangueiral. Até dezembro devemos entregar a nosso público interno, sargentos e sub-oficiais, 96 apartamentos. Na área do Mangueiral temos projeto para chegar a 547 apartamentos até 2022. Vamos tentar chegar aos 800 que nos faltam”.
Rio da integração
“Estamos aqui por causa do rio Paraguai, rio de integração internacional, que pode trazer prosperidade a toda essa região. Juntamente com a riqueza do minério, o rio faz um binômio na cadeia logística que vai escoar toda essa riqueza mineral. E em função dele que devemos trabalhar. A Marinha tem seus navios, a Capitania dos Portos, que dá o ordenação no transporte aquaviário, e a Marinha tem o serviço de sinalização náutica, que dá a confiabilidade que os navegantes precisam para operar no rio., através da sinalização e da cartografia. Proximamente estaremos lançando pelas rádios locais o Aviso aos Navegantes, com todo o tipo de informes sobre o rio. E também já estamos caminhando para institucionalizar a carta eletrônica de navegação do rio, que vai facilitar a navegação de comboios, barcaças e navios.A carta poderá ser baixada pela internet”.
Rádio Marinha
“A Marinha veio para ficar. E veio para comunicar permanentemente sua mensagem. Para isso temos um projeto de colocar no ar uma rádio da Marinha para atingir toda a região com notícias e uma seleção de boas músicas para se ouvir, nos associando a veículos de comunicação social para fazermos programas de interesses da população. A comunicação social é muito importante. Nossa vontade é que Ladário e Corumbá tenham mais jovens que ingressem na Marinha do
Brasil”.
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