Marina diz que adversários vivem em ‘mundo de ficção’

A candidata do PV a presidente da República, Marina Silva, defendeu nesta segunda-feira, 30, duas mulheres no segundo turno da eleição, numa referência a uma possível disputa entre ela e sua adversária Dilma Rousseff (PT). “Me parece que a sociedade quer uma mulher no segundo turno. Então, vamos botar as duas para que, com tempo […]

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A candidata do PV a presidente da República, Marina Silva, defendeu nesta segunda-feira, 30, duas mulheres no segundo turno da eleição, numa referência a uma possível disputa entre ela e sua adversária Dilma Rousseff (PT). “Me parece que a sociedade quer uma mulher no segundo turno. Então, vamos botar as duas para que, com tempo igual, possam debater e, depois de 500 anos, o Brasil possa decidir qual a mulher que quer ver na Presidência”, afirmou Marina, após participar do “Fórum Internacional Sobre o Futuro do Etanol”, em Sertãozinho (SP).

Apesar de admitir a ida de Dilma a um possível segundo turno na eleição para presidente, Marina igualou a adversária ao candidato tucano, José Serra (PSDB), afirmou que os dois criaram mundos de ficção, com cores diferentes. “Em um (mundo), tudo é resolvido. É o mundo azul, o mundo do Serra. No mundo da Dilma, está praticamente tudo cor-de-rosa e vai continuar cor-de-rosa”, afirmou a candidata. “Serra e Dilma são parecidos, ambos são desenvolvimentistas e têm perfil gerencial. Estou dizendo que o Brasil precisa de visão estratégica para saúde, educação e infraestrutura”, completou.

Marina usou a cor cinza para exemplificar a situação atual em alguns setores do País e avaliar o que, na opinião dela, ainda precisa ser melhorado. “Temos a cor cinza da educação em que 40% das crianças não chegam à oitava séria; da saúde, com pessoas horas e horas na fila para uma consulta e ainda com 80% dos assassinatos entre a população jovem destruída pelo crack”.

Mesmo com os resultados desfavoráveis das pesquisas – que a colocam no terceiro lugar e com a possibilidade de Dilma vencer já no primeiro turno – Marina afirmou que na democracia “ninguém pode se entregar à derrota antes do tempo e nem à vitória”. A candidata reafirmou o bordão de que ao eleitor cabe a decisão, para justificar a crença que ainda pode disputar o segundo turno. “Na hora que os brasileiros se depararem com a realidade e saírem desse mundo de fantasia, o eleitor vai começar a ver que o País precisa ter outra atitude em relação ao futuro”, disse.

Marina afirmou ainda que os governos dos últimos 16 anos adotaram, “lamentavelmente”, discursos e práticas que opõem meio ambiente ao desenvolvimento, “como se as duas coisas não fossem compatíveis”, numa referência aos oito anos do governo petista e outros oito do PSDB, mesmos partidos, respectivamente, de Dilma e Serra.

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