A candidata à Presidência da República pelo Partido Verde, Marina Silva, defendeu hoje (9) a criação de um Estado mobilizador e transparente, “nem provedor nem fiscalizador”. Ela disse que isso evitaria situações como a quebra de sigilos fiscais na Receita Federal, que atingiu pessoas ligadas ao candidato do PSDB, José Serra. Marina ainda criticou a postura, considerada por ela de omissão e banalização do escândalo, por parte do governo.

“Os milhares de brasileiros que foram violados em seu sigilo querem uma atitude do Estado e os que não sabem se foram violados querem uma atitude de firmeza para alguém dizer que isso vai parar. A sensação de desamparo foi porque o Presidente da República veio a público na defesa de uma única pessoa, que foi sua candidata, dando sensação de impotência para todos os outros brasileiros. A defesa deveria ser de todos, inclusive dos que podem ser contrários [ao governo]”, disse a candidata.

Marina defendeu a redução de gastos públicos “evitando o desperdício com cargos desnecessários”, por exemplo. Ela disse que não está na defesa de um ajuste fiscal, mas de eficiência fiscal, mantendo os investimentos em áreas fundamentais.

“Vamos buscar eficiência e acabar com o desperdício, fechar o dreno da corrupção e limitar o crescimento do gasto público à metade do crescimento do PIB, para evitar descontrole, e vamos continuar priorizando os investimentos em educação, saúde, segurança e infraestrutura, porque é perfeitamente possível”, afirmou Marina Silva.