Marina critica falta de investimentos em saneamento básico

A candidata à Presidência da República pelo PV, Marina Silva, criticou hoje (17) a falta de investimentos em saneamento básico e afirmou que 80% dos brasileiros não contam com serviços de esgoto tratado. Segundo ela, para resolver o problema, seriam necessários investimentos de R$ 20 bilhões. A falta desses investimentos implica problemas sérios de saúde, […]

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A candidata à Presidência da República pelo PV, Marina Silva, criticou hoje (17) a falta de investimentos em saneamento básico e afirmou que 80% dos brasileiros não contam com serviços de esgoto tratado. Segundo ela, para resolver o problema, seriam necessários investimentos de R$ 20 bilhões. A falta desses investimentos implica problemas sérios de saúde, destacou.

Marina esteve hoje (17), pela manhã, numa das comunidades do Jardim Castelo, bairro localizado na divisa de Diadema com São Paulo. No local, moram muitas famílias em casas erguidas em ocupação irregular, em uma área de manancial, próxima à Represa Billings, um dos maiores reservatórios de abastecimento de água de São Paulo.

Atenciosa, a candidata ouviu as queixas dos moradores quanto à precariedade em que vivem, sobre as dificuldades no acesso ao atendimento à saúde e à educação. Marina caminhou pelas ruas estreitas, com esgoto a céu aberto, e entrou numa das casas da comunidade.

Perguntada se núcleos de áreas invadidas como a da comunidade que visitava, ocupada há 20 anos numa área de manancial, deveriam ser desapropriados para o bem do meio ambiente ou receber melhorias para a população que já está no local, Marina Silva afirmou que só um estudo técnico poderia dar essa resposta.

Ela responsabilizou as autoridades públicas por essa situação. “Existe uma ocupação irregular no estado de São Paulo em área de manancial, infelizmente, e [isso] foi deixado por conivência das autoridades públicas. E, hoje, essas pessoas pagam um preço muito alto”.

Para a candidata, “essa população merece um lugar digno para morar e as nascentes e os mananciais devem ser protegidos. O que não pode é neglicenciar uma coisa em detrimento da outra. As duas coisas têm de ser, igualmente, tratadas como prioridades. A proteção dos recursos hídricos e a proteção das pessoas”. Ela afirmou que novas ocupações não devem ser aceitas.

Marina lamentou o curto espaço de tempo que terá na propaganda eleitoral gratuita, mas se disse otimista com a campanha corpo a corpo. Ela reservou a tarde de hoje para se preparar para o debate entre os presidenciáveis, que ocorrerá amanhã (18), promovido pelo jornal Folha de S.Paulo, em parceria com o portal UOL.

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