Marina critica discussão sobre retorno da CPMF

A senadora Marina Silva (AC), ex-candidata à Presidência da República pelo PV, criticou nesta terça-feira, 9, a discussão sobre um possível retorno da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF). Em seu blog, a senadora condena a falta de disposição dos governantes eleitos em se empenharem na reforma tributária e diz que a defesa da redução […]

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A senadora Marina Silva (AC), ex-candidata à Presidência da República pelo PV, criticou nesta terça-feira, 9, a discussão sobre um possível retorno da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF). Em seu blog, a senadora condena a falta de disposição dos governantes eleitos em se empenharem na reforma tributária e diz que a defesa da redução de impostos durante a campanha não passou de “retórica eleitoral”. “Não se pode criar nenhum tributo, como a CPMF, sem antes melhorar a eficiência e a justiça do atual sistema tributário”, complementou a senadora em seu Twitter.

Marina defende a regulamentação da Emenda 29 – que determina a aplicação de 10% dos impostos federais, 12% dos estaduais e 15% dos municipais em gastos com saúde – e diz que a bandeira da reforma tributária faz parte de um “consenso oco”. “Passados poucos dias do anúncio da nova presidente do País, vemos que a retórica eleitoral em torno dessas questões é atropelada pela baixa disposição dos governantes recém-eleitos em se empenharem efetivamente pela reforma tributária e pela regulamentação da Emenda 29”, critica.

Para Marina, a retomada da CPMF evita que o governo tenha de repensar o sistema tributário e que o novo tributo abre brecha para “uma artimanha fiscal”. “Esse é o significado da proposta de recriação da CPMF, defendida por vários dos novos governadores e que recebeu da presidente eleita a indicação de que não oferecerá muita resistência a essa vontade”, observa.

Ela argumenta que a arrecadação federal cresceu mesmo com o fim da CPMF e que não haveria razão para a volta do tributo. “A solução para a melhoria da qualidade da saúde, portanto, não se resume em arrecadar mais, mas na determinação política de destinar os recursos existentes nos orçamentos federal e estaduais para implementar um serviço que atenda às necessidades da população”, conclui a senadora.

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