Maioria dos empresários aponta maior competição de importados
A maioria dos empresários da indústria brasileira avalia que enfrenta maior competição de produtos importados em seu setor neste fim de ano em comparação ao que ocorria no período anterior à crise financeira internacional (setembro de 2008). A Fundação Getúlio Vargas (FGV) incluiu uma pergunta na última Sondagem Conjuntural da Indústria de Transformação para avaliar […]
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A maioria dos empresários da indústria brasileira avalia que enfrenta maior competição de produtos importados em seu setor neste fim de ano em comparação ao que ocorria no período anterior à crise financeira internacional (setembro de 2008). A Fundação Getúlio Vargas (FGV) incluiu uma pergunta na última Sondagem Conjuntural da Indústria de Transformação para avaliar o impacto da valorização do real em relação ao dólar nos diversos setores industriais.
Do total de 1.196 empresários consultados, 59% responderam que a competição aumentou em relação ao período pré-crise. Estes 59% representam a soma de duas respostas: 24% responderam que a competição aumentou muito e para 35%, aumentou pouco. Para outros 23% dos empresários, a competição externa se manteve estável, enquanto 1% respondeu que a concorrência externa diminuiu um pouco. E nenhum dos empresários consultados respondeu que a competição diminuiu muito. Outros 12% responderam que não há competição externa em seu setor de atuação e 5% não souberam ou não quiseram informar.
Entre os cinco setores, nos quais a FGV divide a sondagem, o maior número de empresários que apontou a concorrência foi o do setor de bens intermediários (celulose e insumos). Neste setor, 83% dos empresários responderam que a competição está mais acirrada do que no período pré-crise. Em seguida, aparece o setor de bens de capital, em que 73% dos empresários afirmaram que a competição está maior. No setor de bens de consumo duráveis, o índice foi de 68% e no de material para construção, 49%. O menor porcentual de empresários que reclamaram da competição externa foi no setor de bens de consumo não-duráveis, com apenas 23% de respostas.
Para o especialista em análises econômicas do Ibre, da FGV, Jorge Braga, o caso do setor de bens de consumo não-duráveis pode ser explicado pelo grande peso da indústria de produtos alimentícios neste segmento. De acordo com ele, esse foi o único setor em que o predomínio das respostas, ao contrários dos demais, foi totalmente diferenciado. A maioria (26%) respondeu que sua empresa não enfrenta competitividade externa.
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