Mãe pede ajuda para descobrir doença que fez o filho perder os movimentos

“Quando eu vejo os outros meninos correndo eu fico com vontade de correr também”, diz o pequeno nova-andradinense Gleydson Myshael, de seis anos de idade, para a sua avó, Elvira Rodrigues, durante uma conversa na sala da casa alugada pela família Rodrigues. Correr, brincar ou jogar bola. Atividades simples, que caracterizam o dia a dia […]

Ouvir Notícia Pausar Notícia
Compartilhar

“Quando eu vejo os outros meninos correndo eu fico com vontade de correr também”, diz o pequeno nova-andradinense Gleydson Myshael, de seis anos de idade, para a sua avó, Elvira Rodrigues, durante uma conversa na sala da casa alugada pela família Rodrigues.

Correr, brincar ou jogar bola. Atividades simples, que caracterizam o dia a dia de crianças dessa idade, tornaram-se complexas para o garoto, que no próximo dia 22 de agosto completa sete anos de idade.

Há dois meses, mais especificamente no dia 15 de junho, sua mãe, Valdelice Rodrigues, dava início a uma batalha diária para descobrir o que acontecera com seu filho, que além da perda dos movimentos, também tem emagrecido.“De um dia para o outro ele não conseguia mais correr, pular e nem ficar de pé”, diz.

Valdelice conta que já levou o filho para hospitais de Nova Andradina, Dourados e Campo Grande, mas, até agora, nenhum deles soube dar um diagnóstico preciso sobre o caso de Gleydson, para então dar início ao tratamento e evitar que a doença se agrave. O garoto já passou por mais de 20 exames de saúde. “Meu filho já começou a perder força nos braços”, lamenta a mãe.

Para a avó Elvira Rodrigues, que, acostumada a vê-lo brincando com os primos no quintal da casa, “tem sido muito difícil conviver com isso. Ele andava normal, brincava, ia a escola e, de repente, ele não pode mais brincar, nem jogar bola e nem ir a escola. É triste para nós”, diz emocionada.

Não bastasse todas complicações, como o desemprego da mãe, que dedica todo seu tempo às viagens e cuidados com o filho, a família Rodrigues convive ainda com a falta de recursos financeiros, para arcar com as idas e vindas de outras cidades para a realizar exames, que em alguns casos, chegam a passar de R$ 800,00.

“Por isso peço qualquer tipo de ajuda, pois não posso deixar meu filho assim, sem saber o que ele tem”, complementa Valdelice.

Suspeitas

As suspeitas dos médicos são de que Glaydson, aluno do segundo ano do ensino fundamental, tenha atrofiado os músculos ou esteja com a “Síndrome de Guillain-Barrè”, doença que compromete os nervos responsáveis por transmitir estímulos aos músculos.

“É uma doença ligada a reatividade de cada paciente. Pode ser uma infecção (gastrointestinal ou respiratória), uma vacina, um soro específico, um distúrbio imunológico ou uma causa desconhecida. É como desenvolver uma alergia a um determinado fator”, explica o neurologista Francisco Mário Miranda, em entrevista ao Gazeta Online.

Esperança e solidariedade

Tímido e com poucas palavras, Gleydson Myshael, tranquiliza todos quando fala sobre os próximos exames que fará, tendo a certeza de que conseguirá reverter a situação: “O médico não vai me curar, porque quem cura é Deus”, acredita.

Conteúdos relacionados