Lula descarta paralisar obras sob suspeita para não demitir trabalhadores

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta segunda-feira que não vai paralisar grandes obras que estejam sob suspeita de superfaturamento, segundo auditoria do TCU (Tribunal de Contas da União). Ele justificou sua decisão lembrando que está evitando a demissão de trabalhadores empregados nessas construções. “Eu adotei uma filosofia de vida de que é […]

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta segunda-feira que não vai paralisar grandes obras que estejam sob suspeita de superfaturamento, segundo auditoria do TCU (Tribunal de Contas da União). Ele justificou sua decisão lembrando que está evitando a demissão de trabalhadores empregados nessas construções.

“Eu adotei uma filosofia de vida de que é o olho do dono que engorda o porco. Eu tenho que estar presente sempre para saber se as coisas que nós decidimos estão funcionando. Há menos de um mês, se a gente não fica esperto, essa obra estaria parada, a obra da Repar (Refinaria do Paraná) estaria parada e a obra da refinaria de Pernambuco estaria parada, e 27 mil trabalhadores teriam sido mandados embora”, afirmou.

“Vamos fazer uma investigação, mas vetei a paralisação das obras”, afirmou durante discurso em cerimônia de assinatura de contratos para a construção do Comperj (Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro), em Itaboraí, região metropolitana do Rio.

No fim de janeiro, Lula sancionou o orçamento de 2010, vetando a retirada de quatro obras da Petrobras, que estavam na lista de irregularidades apontadas por auditorias do TCU. Com isso, o repasse de recursos para esses projetos ficou garantido, apesar da avaliação do tribunal.

O presidente ressaltou o investimento recente na construção de refinarias no país, e criticou a decisão de governos anteriores, que segundo Lula, não apostavam em projetos de infraestrutura. Ele citou que, entre modernização do atual parque de refino e novas construções, estão sendo investidos, pelo menos, US$ 60 bilhões.

“Há cinco anos, independentemente da vontade da Petrobras, não teria nenhuma refinaria no Brasil. Porque a Petrobras entendia naquela época que já tínhamos refinarias suficientes. Chamamos a direção da Petrobras para discutir a necessidade de fazer mais refinarias no Brasil”, disse.

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