Kleberson evita vexame no fim, e Fla empata com o Vitória

Dois times rubro-negros que, juntos, não venciam há 11 jogos. Diante de tantas fraquezas e poucas virtudes, Flamengo e Vitória conseguiram, pelo menos, emoção e empataram por 2 a 2 na noite deste sábado, em Volta Redonda. Mas para a tabela do Campeonato Brasileiro o resultado foi desastroso para ambos. O atual campeão chega a […]

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Dois times rubro-negros que, juntos, não venciam há 11 jogos. Diante de tantas fraquezas e poucas virtudes, Flamengo e Vitória conseguiram, pelo menos, emoção e empataram por 2 a 2 na noite deste sábado, em Volta Redonda. Mas para a tabela do Campeonato Brasileiro o resultado foi desastroso para ambos. O atual campeão chega a sete jogos sem vencer, pula para 23 pontos e segue em 16º, ‘flertando’ com a zona de rebaixamento. Um ponto e uma posição acima está o Leão.

Os dois gols do time da casa foram de Kleberson, o que prolongou o jejum dos atacantes para 1.100 minutos. Junior e Schwenck fizeram para os baianos.

No dia seguinte ao aniversário de 38 anos, Petkovic ganhou carinho da torcida, mas respondeu com uma péssima atuação e falta de educação. Ao ser substituído por Galhardo, saiu reclamando, mesmo após não ter acertado quase nada que tentou durante o jogo. Insatisfeita com mais um resultado decepcionante, a torcida do Flamengo deixou o Raulino de Oliveira aos gritos de “time sem vergonha”. Comemoração? Só com a derrota do Fluminense para o Atlético-GO por 2 a 1, em Goiânia. Ainda sem treinador, o Vitória foi comandado por seu ex e agora interino Ricardo Silva e esteve perto da vitória por duas vezes, com gols de Júnior e Schwenck. Mas as falhas defensivas impediram o triunfo.

A adesão à causa Flamengo não foi grande em Volta Redonda. A redondeza do estádio transformou-se em palanque eleitoral para distribuição de material de campanha de incontáveis candidatos. Mas faltava público. Os quase quatro mil pagantes contaminaram-se desde o início com o ranço do Maracanã. Na escalação dada pelo placar eletrônico, vaias para Val Baiano e euforia com o nome de Petkovic. Apesar de ídolo, o sérvio está tão mal quanto os companheiros na fraca campanha no Brasileiro.

O aspecto de “final” também chegou à diretoria. A presidente Patrícia Amorim participou da preleção no hotel e incentivou o grupo. Com três zagueiros e Val Baiano ao lado de Deivid no ataque, o Flamengo forçou as jogadas pelo lado direito, com boa participação de Correa.

Pressionado pelo mau momento, os primeiros dois toques de Val foram constrangedores. Mão na bola e domínio de tornozelo. A situação do Vitória não era tranquila. O meio-campo com o experiente Ramon, também de 38 anos, e o espevitado Elkeson sofreu até encaixar a primeira troca de passes produtiva.

O azar, ou coisa parecida, de Val Baiano persistiu. Correa fez bom cruzamento da direita, a zaga falhou, mas o camisa 9 não conseguiu esticar a perna e abrir o placar. Deivid não estava em caminho muito diferente. Bola para ele na entrada da área e… chute quase fora do estádio. O camisa 9 do Vitória teve pontaria melhor, aos 27 minutos. Júnior tabelou com Elkeson, bateu rasteiro e só não comemorou porque Marcelo Lomba se esticou e defendeu em dois tempos.

Foi a senha para a impaciente torcida do Fla começar a pedir raça. E pressão atualmente rima com desatenção. Afoitos, os jogadores passaram a precipitar ainda mais os passes e trocar o posicionamento. O Vitória se aproveitou. Aos 37, Ramon dominou da entrada da área e chutou no canto. Lomba espalmou. No rebote, Junior recebeu livre, mas o goleiro salvou com mais uma excelente defesa.

Os visitantes tiveram outras duas chances antes do fim do primeiro tempo e deixaram o gramado lamentando o empate. Já o Flamengo… bom, novamente sem fazer gol, o time recebeu vaias da torcida e deixou o campo procurando explicações para mais uma atuação lamentável.

Fim de jogo repleto de gols

No intervalo, Ronaldo Angelim pediu para sair, e o esquema com três zagueiros virou pó. Entrou Kleberson. A torcida não gostou e chamou Silas de “burro”. Não adiantou. Aos quatro minutos, Júnior só não marcou porque a perna esquerda de Marcelo Lomba salvou.

A insatisfação era tão grande que até o jovem Galhardo, de 18 anos, virou solução e teve o nome pedido pela torcida. No lance seguinte, por acaso, Everton Silva cruzou, Kleberson desviou e o zagueiro Anderson quase fez contra. O Vitória também não parecia muito disposto a tirar o zero do placar e acompanhou os minutos passarem tranquilamente. Do outro lado, Petkovic não gostou quando a placa subiu com seu número.

– Eu? – disse, antes de sair lentamente e sem cumprimentar Galhardo.

O que era ruim para o Flamengo ficou pior. Bem pior. Após cobrança de falta lateral, aos 25, Junior aproveitou indecisão da zaga e de Marcelo Lomba e desviou para as redes. O caos só não foi maior porque Elkeson perdeu chance pouco depois.

Os reservas deram um alento. Aos 33, Diego Maurício fez ótima jogada na esquerda, cruzou rasteiro, e Kleberson tocou à esquerda de Viáfara para empatar. A comemoração parecia final de Copa do Mundo. Silas socou o ar em direção à torcida e recebeu um abraço apertado do autor do gol.

Mas a bagunça persistiu, e o Vitória se aproveitou. Aos 38, Schwenck acertou um chute lindo de sem-pulo de fora da área, no canto direito de Marcelo Lomba. Porém, de novo nem deu tempo de comemorar. Um minuto depois, Galhardo entrou na área, foi derrubado, mas a bola sobrou para Val Baiano sem goleiro. Era a chance de o atacante pôr fim ao jejum. Ele errou, acertou a trave. Sorte que Kleberson, bem posicionado, aproveitou o rebote e fez 2 a 2.

Kleberson quase transformou-se em herói ao acertar uma linda finalização no travessão, aos 45. Ficou no quase, e os dois times saíram de campo lamentando mais dois pontos perdidos.

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