Júri do casal Nardoni deve terminar hoje
O júri do casal, Alexandre Nardoni e Anna Carolina Jatobá entra no quinto dia nesta sexta-feira, quando ocorrerão os debates entre defesa e acusação. A expectativa é que o julgamento termine ainda hoje. O casal é acusado de matar a menina Isabella, filha de Alexandre, há dois anos. Tanto o pai como a madrasta da […]
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O júri do casal, Alexandre Nardoni e Anna Carolina Jatobá entra no quinto dia nesta sexta-feira, quando ocorrerão os debates entre defesa e acusação. A expectativa é que o julgamento termine ainda hoje.
O casal é acusado de matar a menina Isabella, filha de Alexandre, há dois anos. Tanto o pai como a madrasta da menina negaram o crime em interrogatório ocorrido na quinta (25).
Nesta sexta será iniciada a fase de debates do julgamento, com a fala da acusação e da defesa –duas horas e meia para cada um. Em seguida, podem ocorrer réplica e tréplica.
O conselho de sentença, composto pelas sete pessoas sorteadas no primeiro dia do júri– se reunirá após a fase de debates para votar os quesitos que determinarão se o casal é culpado ou não pela morte de Isabella, e o juiz lê a sentença em plenário.
Interrogatório
Em interrogatório, Alexandre disse que as acusações contra ele são falsas, afirmou que a Polícia Civil propôs que ele assumisse o crime e que “perdeu o chão” após a morte da filha, por isso, não entrou em contato com a mãe de Isabella nos dias após o crime.
Falando rápido, Anna Jatobá também negou participação na morte da menina, também reclamou de ter sido maltratada pela Polícia Civil e afirmou que não houve briga ou agressão no carro, antes de a família chegar ao edifício London, ao contrário do que sustenta a acusação.
Também nesta quinta, a mãe de Isabella, Ana Carolina Oliveira, foi liberada. Ela estava retida a pedido da defesa dos réus desde o primeiro dia do júri, quando prestou depoimento. O advogado Roberto Podval, que defende o casal Nardoni, afirmava que Ana Carolina poderia ser novamente requisitada durante o julgamento e que avaliava uma acareação com os réus. Com isso, a mãe de Isabella ficou incomunicável, nas dependências da Justiça.
Dia a dia
O julgamento do casal começou na segunda (22). No total, sete testemunhas prestaram depoimento –a primeira foi a mãe de Isabella.
Na terça (23), informações técnicas marcaram segundo dia do júri. Foram ouvidas três pessoas : a delegada Renata Helena Silva Pontes, o médico-legista Paulo Sérgio Tieppo Alves –ambos testemunhas comuns à defesa e à acusação–, e o perito Luís Eduardo Carvalho, que veio da Bahia convocado pela Promotoria.
A delegada deu informações sobre as investigações e disse que indiciou o casal por ter certeza da culpa do pai e da madrasta na morte de Isabella. O médico-legista reafirmou que a menina foi ferida na testa, arremessada contra o chão e jogada do sexto andar do prédio onde moravam os acusados. O perito Luís Eduardo Carvalho Dórea, convocado pela Promotoria, fechou os depoimentos.
Na quarta (24), o júri foi reiniciado com o depoimento da perita Rosângela Monteiro, do Instituto de Criminalística. Testemunha comum à defesa e à acusação, ela foi ouvida das 10h25 às 17h, com uma pausa de aproximadamente uma hora para almoço.
À Justiça a perita afirmou que testes apontam que Nardoni jogou a filha do sexto andar do edifício London, onde morava com Anna Jatobá, madrasta de Isabella.
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