Um juiz mexicano ordenou a prisão de oito pessoas detidas entre agosto e setembro por suposta relação com o massacre de 72 imigrantes latino-americanos em Tamaulipas, pelo qual responderão às acusações de homicídio e sequestro, entre outros, informou hoje a Promotoria.

A Procuradoria Geral da República (PGR) do México divulgou que os oito também responderão por crime organizado, posse ilegal de armas e corrupção de menores, entre outros.

Os acusados foram identificados como Juan Manuel Cano, conhecido como “La Bella”; Edgar Sesma Vega, “El Gafe”; José Gustavo Blanco, “El Pizarrón”; Víctor Reséndez, “El Vico”; Jesús García, “El Chalino”; Manuel Vázquez, “El Carlitos”; Jesús Vargas, “El Chuy”; e Eduardo Rico Pérez.

Os detidos foram levados às prisões de El Rincón, em Tepic, no estado de Nayari, e à de Villa Aldama, em Veracruz.

Os indivíduos foram detidos entre 24 de agosto, dia em que a Marinha mexicana encontrou os cadáveres dos 72 imigrantes ilegais, e 7 de setembro.

Segundo as investigações, vários deles pertencem à organização criminosa “Los Zetas”, que desde o início do ano disputa o controle de algumas regiões do estado com o Cartel do Golfo.

Os 72 imigrantes ilegais eram de Honduras, El Salvador, Guatemala, Nicarágua, Equador e Brasil. Apenas duas pessoas sobreviveram ao massacre, um imigrante equatoriano e outro hondurenho.