O Eduardo Machado Rocha, prefeito interino de Dourados desde sábado, disse que vai cobrar o dinheiro que as empresas prestadoras de serviços ao município, principalmente empreiteiras, pagavam de propina aos políticos da cidade.

Rocha ocupa o lugar do prefeito Ari Artuzi, do PDT, preso quarta-feira passada por chefiar um esquema de fraude em licitações públicas, segundo investigação da Polícia Federal.

Artuzi e seus comparsas, entre eles o vice-prefeito, 9 dos 12 vereadores da cidade, secretários e o procurador do município, informou a PF, cobravam 10% das empresas.

Um exemplo: a empresa que explora o transporte escolar no município dava R$ 68 mil mensais ao prefeito dos R$ 680 mil que recebia todos os meses.

O esquema funcionava também na compra de remédios, coleta de lixo, materiais de escritório, pavimentação de ruas e até nos processos de desapropriação para a construção de casas populares.

Com a prisão da quadrilha, todos os contratos e licitações envolvendo a prefeitura foram suspensos.