Jornalistas de três países se reúnem na tríplice fronteira

Jornalistas da Argentina, Brasil e Paraguai se reúnem neste final de semana, entre sexta-feira (26) e domingo (28), no Hotel Cassino Acaray, em Ciudad del Este (Paraguai), Foz do Iguaçu (Brasil) e Puerto Yguazú (Argentina), para analisar e debater a cobertura jornalística na região, em temas relacionados ao contrabando, terrorismo, narcotráfico, tratamento de pessoas, povos […]

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Jornalistas da Argentina, Brasil e Paraguai se reúnem neste final de semana, entre sexta-feira (26) e domingo (28), no Hotel Cassino Acaray, em Ciudad del Este (Paraguai), Foz do Iguaçu (Brasil) e Puerto Yguazú (Argentina), para analisar e debater a cobertura jornalística na região, em temas relacionados ao contrabando, terrorismo, narcotráfico, tratamento de pessoas, povos originários (índios), turismo, cultura e meio ambiente.

O Encontro Internacional de Jornalistas na Tríplice Fronteira, organizado pelo Fórum de Jornalistas Paraguaios (Fopep), Fórum de Jornalismo Argentino (Fopea), Fórum de Trabalhadores de Imprensa e Comunicação Social de Missões (Fopremi) e Associação Brasileira de Jornalistas de Investigação (Abraji), acontece em Ciudade Del Este, mas compreenderá também atividades nas cidades fronteiriças vizinhas.

A chilena Mónica González, diretora do Centro de Informação e Investigação Jornalística (Ciper) e ganhadora do Prêmio Mundial de Liberdade de Imprensa Unesco ‘Guillermo Cano 2010’ abrirá com a conferência.

“Temas habituais da agenda de cobertura jornalística na Tríplice Fronteira” será a primeira mesa de debate, com Ricardo Arrúa, do El Territorio de Misiones, Argentina; Mariana Ladaga, do La Nación, Paraguay; Denise Paro, do A Gazeta do Povo de Curitiba, Brasil e a ministra paraguaya de Turismo, Liz Cramer.

Andrés Morales, diretor da Fundação para a Liberdade de Imprensa, da Colômbia, ministrará uma oficina sobre “Como adotar medidas de proteção e segurança em coberturas perigosas”.

À tarde haverá uma mesa redonda sobre “O jornalismo e a ação da Justiça ante o crime organizado”, com Rudi Rigo Burkle, promotor de Justiça brasileiro de combate ao crime organizado de Foz do Iguaçu, Arnaldo Giuzzio; fiscal (promotor de Justiça) paraguaio Anticorrupção e Mario Achiro Doi, ex-juiz federal de El Dorado, Argentina.

Seguirá com uma oficina com o tema “Guia de fontes para cobrir a Tríplice Fronteira: Treinamento de como investigar contrabando, delitos financeiros, controle aduaneiro, litígios internacionais, etc.”, a cargo de Gabriel Michi, presidente do Fopea, Argentina; Mabel Rehnfeldt, do diário ABC Color, do Paraguai e Tyndaro Menezes, jornalista da TV Globo, Brasil.

TERRORISMO E NARCOTRÁFICO

No sábado (27) os participantes se dirigem a Puerto Yguazú, na Argentina, à reserva indígena Yryapu dos Mby’a Guaraní, para conhecerem a realidade dos indígenas e debater os temas que mais os afetam.

À tarde, na Universidade Dinâmica das Cataratas, em Foz do Iguaçu, Brasil, acontece debate sobre “Os mitos e verdades do suposto financiamento ao terrorismo islâmico desde a Tríplice Fronteira”, com Arthur Bernardes do Amaral, politólogo, autor de “A Tríplice Fronteira e a Guerra ao Terror”, as jornalistas brasileiras Sônia Mendonça e Denise Paro, e Dolly Galeano, do La Nación do Paraguai.

Domingo (28), a programação segue com a oficina “Cobertura jornalística do contrabando e narcotráfico”, a cargo de Andrés Colman Gutiérrez, editor em Ciudad Del Este do diário paraguaio Última Hora, e Mauri König, jornalista do Gazeta do Povo, de Curitiba, Brasil.

“Interesses políticos e/ou econômicos na cobertura de temas que afetam comunidades migrantes ou culturas distintas” será outra mesa com o sociólogo paraguaio Ramón Fogel, e Silvia Montenegro, argentina, autora do livro “A Tríplice Fronteira – Dinâmicas Culturais e processos transnacionais”.

O encontro concluirá com a apresentação da “Declaração dos Jornalistas da Tríplice Fronteira”, na qual os participantes fixação sua postura, recomendação e compromisso com relação aos temas debatidos. A adesão participativa custa 25 dólares por pessoa e 15 dólares para estudantes de jornalismo. Os membros das organizações não pagam.

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