Impulsionado pelos restos a pagar – gasto de recursos empenhados em anos anteriores –, o investimento mais que dobrou em janeiro e fevereiro na comparação com o mesmo período do ano passado. Segundo números divulgados há pouco pelo Tesouro Nacional, as despesas com investimentos somaram R$ 5,4 bilhões no acumulado de 2010, alta de 101,2% em relação aos dois primeiros meses de 2009.

Os pagamentos acumulados do Programa de Aceleração do Crescimento () atingiram R$ 2,26 bilhões em janeiro e fevereiro, 132% a mais que os R$ 977 milhões registrados no mesmo período do ano passado.

Em fevereiro, o Tesouro pagou R$ 6,7 bilhões em restos a pagar. A quantia equivale a 16,5% do total de restos a pagar inscritos no orçamento de 2010, contra 5,3% registrados nos dois primeiros meses de 2009. Desse total, R$ 1,8 bilhão referem-se a investimentos, correspondendo a 6,9% do total programado para este ano. Em janeiro e fevereiro, a rubrica restos a pagar destinada ao investimento somou R$ 4,5 bilhões.

Apesar do déficit primário registrado em fevereiro, os gastos do Governo Central (Tesouro Nacional, Previdência Social e Banco Central) estão desacelerando em 2010. Segundo o Tesouro Nacional, as despesas nos dois primeiros meses do ano somaram R$ 94,6 bilhões, crescimento de 8,8% em relação ao registrado no mesmo período de 2009.

Nos dois primeiros meses do ano passado, o crescimento era de 20% em relação a 2008. De acordo com o Tesouro Nacional, os gastos com custeio (manutenção da máquina pública) cresceu 16,6% neste ano, contra 23,3% no primeiro bimestre de 2009. Os gastos com pessoal, no entanto, caíram 4,7%.