Nem mil e um pesadelos, na terra das mil e uma noites, poderiam prever uma tragédia assim. Acabou. Triste assim, frio assim, duro assim: acabou. Acabou cedo, na precocidade do primeiro jogo, no fiasco da estreia. Acabou quando deveria ter começado

Nem mil e um pesadelos, na terra das mil e uma noites, poderiam prever uma tragédia assim. Acabou. Triste assim, frio assim, duro assim: acabou. Acabou cedo, na precocidade do primeiro jogo, no fiasco da estreia. Acabou quando deveria ter começado.

O time gaúcho sangra o vermelho de sua camisa diante de uma eliminação histórica, diante da certeza que nenhuma lenda árabe poderá recriar. O Inter não será bicampeão do mundo em 2010.

O Mazembe, com vitória de 2 a 0 nesta quarta-feira, no estádio Mohammed bin Zayed, em Abu Dhabi, garantiu classificação para a do Mundial de Clubes da Fifa.

A tragédia está mais nas arquibancadas do que no campo. Milhares de colorados cruzaram o mundo para ver o Inter campeão nos Emirados Árabes. Acabaram agredidos por um dos maiores desastres dos mais de 100 anos de vida do clube gaúcho. No dia em que a torcida fez história, o time pagou mico. Nem mil e um pesadelos poderiam prever.

Os dois gols do Mazembe saíram no segundo tempo, com Kabangu e Kaluyituka. Talvez não tenha sido exatamente justo, mas o Inter pouco fez para merecer sorte melhor – o Inter do campo, claro, porque o Inter das arquibancadas fez seu papel. Com a vitória, o surpreendente time da República Democrática do Congo duelará com o Inter de Milão ou o Seongwan, da Coreria do Sul, na decisão.