Ibovespa cai 0,92% e fecha na mínima

Em dia de poucos negócios por causa do jogo do Brasil contra o Chile na Copa do Mundo, o índice Bovespa alternou sinal positivo e negativo durante a manhã, mas à tarde ficou preso no vermelho, quando se acentuou o movimento de realização de lucros, fechando o pregão na mínima. Nos EUA, as Bolsas também […]

Ouvir Notícia Pausar Notícia
Compartilhar

Em dia de poucos negócios por causa do jogo do Brasil contra o Chile na Copa do Mundo, o índice Bovespa alternou sinal positivo e negativo durante a manhã, mas à tarde ficou preso no vermelho, quando se acentuou o movimento de realização de lucros, fechando o pregão na mínima.

Nos EUA, as Bolsas também estiveram indefinidas pela manhã, mas à tarde exibiram alta que não se sustentou e fecharam com leves quedas.

As oscilações da manhã refletiram reação dos investidores ao compromisso assumido no fim semana pelas 20 maiores economias do mundo (G-20) de reduzirem seus déficits à metade até 2013, mas depois enxergaram nessa decisão o risco de inibição do crescimento e recessão.

Nos EUA, foi uma decisão judicial favorável ao setor de tabacos que amparou a recuperação de ações do segmento e ajudou a manter as bolsas em alta até perto do fechamento. Mas no Brasil a Bovespa não reagiu ao vaivém externo e ignorou a revisão da perspectiva do País de estável para positiva pela agência de classificação de risco Fitch e só aprofundou a queda.

O volume negociado, como era de se esperar por causa do jogo, foi de R$ 3,219 bilhões, um pouco menor que nos dois jogos anteriores do Brasil em dias de semana. No jogo do dia 15, o volume foi de R$ 3,742 bilhões e no do dia 25, R$ 3,319 bilhões. Nesse quadro, o Ibovespa fechou em queda de 0,92%, aos 64.225,22 pontos, na mínima. A máxima foi de 65.104,67 pontos (+0,43%). No mês, acumula alta de 1,87% e no ano, queda de 6,36%. Os dados são preliminares.

No fim de semana, no encontro do G-20 no Canadá, as vinte maiores economias do mundo assumiram o compromisso de reduzir pela metade até 2013 os déficits fiscais e controlar os níveis de endividamento. Além disso, a falta de acordo sobre taxação de bancos no G-20 levantou suspeitas, segundo analistas, de que alguns países vão começar a tarifar seus bancos com normas domésticas.

Os indicadores econômicos americanos anunciados hoje – entre eles, os gastos dos consumidores norte-americanos, que subiram 0,2% em maio, enquanto a renda pessoal aumentou 0,4%, em linha com as estimativas – também não tiveram força para alterar o ânimo dos mercados.

As Bolsas americanas só foram para o positivo após decisão da Suprema Corte norte-americana, que rejeitou a revisão de uma regra para o setor de tabaco e pedido do governo dos EUA por sanções adicionais para as companhias do segmento. No final, os indicadores fecharam em pequenas quedas. O Dow Jones aos 10.138 pontos (-0,05%); o Nasdaq, aos 2.220 pontos (-0,13%); e o S&P com 1.074 pontos (-0,20%). Os dados são preliminares.

De volta ao Brasil, analistas comentam que a Bolsa brasileira passa agora por movimento de realização de lucro que tende a prevalecer nos próximos dias. Ao acumular valorização superior às Bolsas americanas, a Bovespa abre espaço para essas realizações, que atingem blue chips como Vale e Petrobras. O papel PN da Petrobras fechou cotado a R$ 27,42, em queda de 1,76%. A ação ON caiu 2,06%, para R$ 31,36. No caso da Vale, a ação ON caiu 1,87%, para R$ 47,18, e a PNA teve queda de 2,17%, para R$ 41.01.

Conteúdos relacionados