IBAMA aplica R$ 20 mi de multa em ação no Pantanal

Uma fiscalização do Ibama/MS e dos Guardiões do Pantanal embargou hoje mais de cinco mil hectares de áreas e registrou mais de dez mil hectares de desmatamentos e resultou em cerca de 20 milhões em multas durante a operação, que foi realizada na região do Pantanal, durante a última semana. Durante as ações de fiscalização, […]

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Uma fiscalização do Ibama/MS e dos Guardiões do Pantanal embargou hoje mais de cinco mil hectares de áreas e registrou mais de dez mil hectares de desmatamentos e resultou em cerca de 20 milhões em multas durante a operação, que foi realizada na região do Pantanal, durante a última semana.

Durante as ações de fiscalização, além dos crimes ambientais ocorreu a apreensão de um caminhão e dois tratores de esteira em Coxim e Aquidauana. As ações foram feitas com base no uso comparativo de imagens captadas por satélite e de geoprocessamento, tecnologias que serão usadas em todas as outras ações do órgão e das equipe de fiscalização da DIPAM (Divisão de Proteção Ambiental do Ibama).

Segundo informações o chefe da DIPAM, Luis Benatti, esse tipo de tecnologia permite a comparação de imagens de uma propriedade captada há tempos com imagens atualizadas.

Para Benatti, isso melhora a qualidade da fiscalização. “É um salto qualitativo na nossa fiscalização, um instrumento importante para o planejamento de nossas ações de fiscalização e estamos comprovando a campo os desmatamentos indicados nas imagens de satélite”, diz.

Na visão do servidor, é como se a vigilância fosse feita 24h diariamente. “Agora, a tecnologia permite que tenhamos ‘olhos vigilante’ diuturnamente em todo o território do Estado”, afirma ele.

As imagens mostram desmatamento de maior proporção nas chamada “zona de amortecimento” do Bioma Pantanal. Porém, Ubirajara dos Santos Pires, coordenador de geoprocessamento do órgão, explica que há áreas de diversos tamanhos no bioma.

“Existem áreas de todos os tamanhos e muitas de menor porte espalhadas por todo o bioma pantanal e o cerrado dentro do Estado” diz ele.

De acordo com os profissionais, os levantamentos dos polígonos (áreas) desmatados está sendo feito nas regiões que mais apresentam terra sem cobertura vegetal captadas pelo satélite do INPE ( Instituto de Pesquisas Espaciais) com que o setor de GEO do Ibama trabalha. “Mas as imagens cobrem todo o território do Estado e com o tempo a fiscalização vai varrer todas as áreas sinalizadas em ações de campo nos locais indicados pelas imagens”, explica.

A assessoria do IBAMA informou também que o monitoramento do bioma pantanal feito pelo Ministério do Meio Ambiente e divulgado no início desse ano mostrou maior aceleração no ritmo de desmatamento nessa região que já chega a cerca de 7.400 km quadrados. Os dados serão usados para intensificação da fiscalização.

“É um poderoso instrumento vai garantir amplitude, eficácia maior e resultados mais certeiros na proteção dos biomas pantanal e cerrado em nosso Estado”, finaliza Benatti.

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