Haitianos enfrentam desafio de se manter no Brasil
Grupo de 16 haitianos está aprendendo português e pode ter creche desativada como novo lar
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Grupo de 16 haitianos está aprendendo português e pode ter creche desativada como novo lar
Depois de conseguirem refúgio no Brasil, os 16 haitianos que foram detidos pela Polícia Rodoviária Federal em Mato Grosso do Sul nesta semana, agora estão tendo que enfrentar um novo desafio: encontrar meios materiais de se manter no Brasil.
Para saber quais as razões que levaram os haitianos a virem para o Brasil, o Midiamax esteve na manhã de hoje no Cetremi (Centro de Triagem e Apoio ao Migrante) onde eles estão sendo abrigados. A conversa com os haitianos que falam o dialeto francês, Creole, e pouquíssimo português foi feita através de um caderno com perguntas, leitura labial e gestos corporais.
Aos serem questionados sobre qual a razão que levou o grupo a deixar o Haiti e vir para o Brasil, Sesinor Bresuece, 28 anos, que saiu dois antes do terremoto que desvatou o país, afirmou que, apesar de não passar fome no Haiti, a busca por melhores condições de vida fez o grupo locar um ônibus e passar de país até chegar ao Brasil. Sobre a vontade de voltar ao país que foi devastado por um terremoto, ele afirma que isso não há mais.
Esse também é o pensamento de Viergethe , de 30 anos, que também veio dois dias antes do terremoto que devastou o país assim como sua família. No Brasil, ela espera uma vida melhor, mas não esquece das pessoas que ficaram no Haiti, como a sua mãe , com a qual ela se comunica através de um rádio. Quando ouve do outro lado a palavra “Paz”, que no código de mãe e filha significa que tudo está bem, a haitiana recobra as esperanças.
“Meu pai morreu, minha mãe está viva, todos meus primos morreram com o terremoto também”.
Para conseguir o seu objetivo de se manterem no Brasil, os haitianos estão sendo auxiliados pela Ong (Organização não-governamental) Psicólogos sem Fronteira e pelo Instituto Luther King. Segundo Getúlio Gideão, coordenador Nacional da ONG Psicólogos sem fronteira, a esperança é de que os haitianos sejam abrigadas em uma creche particular no bairro Cachoerinha. De acordo com Gideão, a creche possui cômodos necessários para que eles morem no local.
Atualmente, eles estão abrigados no Cetremi onde fazem sua própria comida que é composta em sua maioria por frutas e saladas.
Além disso, os psicólogos também estão ensinando português para os imigrantes e estão procurando locais de trabalho para eles, já que eles sabem fazer artesanato, além de alguns poderem trabalhar também de manicure e pedicure.
Sobre a questão da alimentação, o Instituto Luther King se comprometeu dar alimentação e roupas para os haitianos que, quando chegaram ao Brasil, encontravam-se assustados, mas que, observam com a ajuda que estão tendo um horizonte novo e diferente do encontrado no seu país de origem que foi devastado por um terremoto.
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